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Chefe de laboratório russo com programa de mísseis hipersônicos é preso por traição

MOSCOU (Reuters) – O diretor de um laboratório russo que trabalha em mísseis hipersônicos, arma em que o presidente Vladimir Putin reivindica uma vantagem estratégica para a Rússia, foi preso por suspeita de traição, informou a agência de notícias estatal Tass nesta sexta-feira.

Os mísseis hipersônicos podem viajar até nove vezes a velocidade do som, e Putin disse que esses mísseis russos são inigualáveis ​​e serão implementados com a Marinha nos próximos meses.

Andrei Shiplyuk chefia o laboratório de hipersônicos do instituto de mecânica teórica e aplicada de Novosibirsk e nos últimos anos coordenou pesquisas para apoiar o desenvolvimento de sistemas de mísseis hipersônicos, segundo o site do instituto.

No mês passado, a Tass informou que Anatoly Maslov, outro cientista sênior do instituto, situado no parque científico Akademgorodok da era soviética, em Novosibirsk, a cerca de 2.800 km a leste de Moscou, também havia sido preso.

De acordo com a Tass, colegas de Shiplyuk disseram nesta sexta-feira que buscas foram realizadas no instituto. Ainda segundo a agência de notícias estatal, uma fonte não identificada afirmou que Shiplyuk havia sido transferido para a prisão de Lefortovo, em Moscou.

O Ministério da Defesa disse em maio que testou com sucesso um míssil hipersônico Zircon a uma distância de cerca de 1.000 km, e dias depois o comandante da Frota do Norte revelou que o sistema seria implantado em uma nova fragata antes do final do ano.

Vários cientistas russos foram acusados ​​nos últimos anos de traição, punível com até 20 anos de prisão, por supostamente passar material sensível a estrangeiros. Críticos do Kremlin dizem que as prisões muitas vezes resultam de paranoia infundada.

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