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Molon atrai artistas, e Ceciliano investe no mundo político: entenda as estratégias em meio ao impasse no Rio

Aguardando as cúpulas partidárias se decidirem sobre como funcionará o arranjo político da aliança entre PT e PSB no Rio de Janeiro, os candidatos à vaga da chapa ao Senado, André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB) vêm exibindo suas credenciais eleitorais e tentam se cacifar como o nome da esquerda com mais chances na disputa. Enquanto o petista se vale de suas alianças políticas por todas regiões do estado, o pessebista vem recorrendo ao apoio público de artistas e famosos.

Nesta semana, Molon intensificou sua campanha de divulgar apoios de nomes que vão desde cantores como Anitta e Caetano Veloso até o influenciador digital Felipe Neto. Ele bombardeou suas redes sociais com manifestações simpáticas à sua candidatura de nomes influentes da cultura brasileira.

Atores como Marcos Palmeira, Caco Ciocler e Cissa Guimarães gravaram vídeos para as redes do político com a hashtag “tô com Molon” ressaltando a intenção de votar no pessebista e rasgando elogios à sua atuação política. “Fico muito feliz com a perspectiva de ter um candidato tão bom pra se votar, que vai me dar tanto prazer na urna”, diz Marcos Palmeira num dos vídeos.

Na terça-feira, Molon usou o Twitter para arrancar um apoio público da cantora Anitta. Em resposta à sua provocação, a artista acenou: “Lança logo essa candidatura, homi. Voltei do retiro espiritual achando que já tinha um candidato para votar… tô te esperando”, escreveu ela.

Uma das articuladoras do apoio de artistas à candidatura do postulante do PSB é a produtora cultural Paula Lavigne, do coletivo 342 Artes. Ela organizou um manifesto que conta com centenas de assinaturas de personalidades como Fernanda Montenegro, Wagner Moura e Bruno Gagliasso, com declarações de voto em Molon. Além do apoio de artistas, o pessebista ainda costuma usar pesquisas de intenção de voto que o colocam como candidato da esquerda mais bem posicionado na disputa pelo Senado como argumento para seguir na corrida pela vaga.

Na outra raia da disputa pela cadeira de senador, André Ceciliano usa como trunfo sua capilaridade política nos municípios do interior do estado e o apoio de nomes influentes nas esferas do poder no estado do Rio para além de políticos de esquerda. Com sua experiência como presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o petista ganhou bom trânsito tanto entre prefeituras de todas regiões estado quanto entre associações de servidores e funcionários públicos.

Segundo a campanha do petista, ele tem o apoio de pelo menos 60 das 92 prefeituras do estado. A aliança com lideranças locais é vista como estratégica para angariar votos nos rincões do estado. Em suas redes sociais, Ceciliano exibe homenagens de câmaras municipais de cidades como Rio das Ostras e Macaé.

O bom diálogo com outras instituições públicas do Rio também já lhe renderam acenos de nomes influentes nos circuitos do poder fluminense. Em publicação no Twitter feita nesta semana, o defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Baptista Pacheco, escreveu que não lhe cabe opinar sobre “disputas partidárias”, mas fez questão de exaltar a atuação de Ceciliano no comando da Alerj.

“Basta uma conversa rápida com alguns gestores no Estado do RJ nesses 4 anos para saber a importância dessa legislatura e da sua presidência para a defesa das Instituições num ambiente complexo para a democracia, daí porque boa parte das críticas das redes me parece injusta”, escreveu Pacheco.

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