Economia

Presidente do BC britânico rejeita discussões sobre menos independência

LONDRES (Reuters) – O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, rejeitou as sugestões da candidata favorita a se tornar a próxima primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, e seus apoiadores de que o governo deveria ter um papel maior na forma como o banco central opera.

Com a inflação a caminho de ultrapassar 13% neste ano, a maior desde 1980, Truss disse que quer definir “uma direção clara de percurso” para a política monetária e prometeu uma revisão do mandato do banco central britânico.

Aliada de Truss, a procuradora-geral Suella Braverman, chegou a dizer que a revisão questionará os poderes exclusivos do banco para definir a taxa de juros.

Bailey respondeu dizendo que é “criticamente importante” que os bancos centrais mantenham sua independência, algo sobre o qual o Banco da Inglaterra tem “opiniões fortes”.

“Na verdade, pelo que vejo…não acho que haja um grande desejo neste país de questionar a independência do banco central”, disse ele à rádio BBC em entrevista transmitida nesta sexta-feira, um dia após o banco aumentar a taxa de juros pela maior marca desde 1995 e prever uma longa recessão.

“Mas estou muito feliz em discutir com o novo governo, você sabe, os detalhes e a natureza do regime que está em vigor.”

O Banco da Inglaterra obteve independência operacional para a política monetária em 1997, quando foi incumbido de cumprir uma meta de inflação, atualmente de 2%, fixada pelo governo.

(Reportagem de William Schomberg)

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