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Remédios de doenças cardiovasculares e diabetes serão incorporados à Farmácia Popular, que teve o orçamento cortado em 60%

Após passar a tesoura no programa Farmácia Popular para abrir espaço ao orçamento secreto em 2023, o governo anunciou a inclusão de cinco novos medicamentos para tratamento de doenças cardiovasculares e diabetes. A previsão é que os remédios estejam disponíveis para a população em até 30 dias e atendam 2,7 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

Quatro medicamentos são usados no controle da hipertensão arterial e serão oferecidos gratuitamente: Besilato de Anlodipino 5 mg, Succinato de Metoprolol 25 mg, Espironolactona 25 mg e Furosemida 40 mg. Já o Dapagliflozina 10 mg é usado para o controle da diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular e será oferecido em modalidade copagamento.

A conta, no entanto pode não fechar. Isso porque a verba para os medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto — um corte de R$ 1,2 bilhão.

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Os remédios oferecidos de graça pelo programa — que tem foco na população de baixa renda – e que serão atingidos pelo corte de verba chegam a custar até R$ 65 por caixa, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (ProGenéricos).

A presidente da associação, Telma Salles, avalia como benéfica a inclusão dos novos medicamentos no programa.

— Essas são as doenças que mais acometem a população. Então, atualizar essa lista, dando mais possibilidade de acesso, é muito bom. É uma revisão oportuna, para um governo que se coloca como um agente capaz de responder rapidamente a um alerta da sociedade, quando fragilizou a questão do orçamento — afirma.

Ela pondera, porém, que o corte previsto de 60% nos recursos terá de ser revisto para acomodar essa inclusão.

— É menos verba para comprar mais (medicamentos). Vai ter de ter uma recomposição do orçamento do programa, porque senão a conta não vai fechar — observa.

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O médico Bruno Vettore pontua que as medicações incluídas no programa complementam a lista que já existia.

—  O tratamento de diabetes e cardiopatia são, antes de mais nada, preventivos contra evoluções mais graves. Seguramente essa medida vai economizar em internações muito mais que o valor dos remédios. Será bom para o povo e bom para as contas.

Segundo o Ministério da Saúde, o programa Farmácia Popular atende mais de 20 milhões de brasileiros, em mais de 30 mil farmácias credenciadas, distribuídas em 4.397 municípios.

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