Lipoaspiração: por onde anda Claudia Liz, a modelo de sucesso que entrou em coma na cirurgia e parou o país

A morte da influenciadora e assistente de palco Luana Andrade, depois de fazer uma lipoaspiração, comoveu as redes sociais no Brasil. Infelizmente, não são tão raros os casos de celebridades que têm problemas de saúde em decorrência de procedimentos estéticos. Há 27 anos, uma das modelos mais famosas do país gerou comoção ao entrar em coma na sala de cirurgia.
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Era 1996, e Cláudia Liz já era um dos nomes mais reconhecidos da moda brasileira. Requisitada desde o fim dos anos 1980, a modelo trabalhou em Paris, Milão, Nova York, Madri e Tóquio, desfilando para grifes como Chanel, Comme des Garcons e Yohji Yamamoto, entre outros.
Em 1990, Cláudia passou a apresentar o MTV a go go, programa de moda da MTV brasileira. Em 1995, iniciou a carreira de atriz no cinema como uma das três protagonistas de “As meninas”, adaptação para o cinema do livro homônimo de Lygia Fagundes Telles. Adriana Esteves e Drica Moraes completavam o elenco. As três dividiram o prêmio de melhor atriz no Festival de Cartagena, na Colômbia.
No mesmo ano, ela fez as novelas Razão de Viver e Cara e Coroa, além do filme As feras. Foi aí que Claudia Liz levou talvez o maior susto de sua vida. Em 1996, ela ficou em coma após ser internada para uma lipoaspiração em uma clínica particular de São Paulo.
Cláudia não chegou a fazer a lipoaspiração. já que teve complicações respiratórias logo após a anestesia. Em quatro horas, a modelo e atriz estava internada no Hospital Albert Einstein, também em São Paulo, em coma induzido. Foram quatro dias assim, enquanto fãs buscavam notícias sobre ela e sites de fofoca especulavam o que tinha levado à modelo à internação.
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“Eu só sei que entrei numa clínica para fazer uma coisa e acordei em outro lugar, num hospital. Não tenho nada mais para falar’, diz Claudia, que, na época, afirmou que “não pensaria em fazer outra cirurgia estética em clínica nenhuma”.
O caso foi arquivado pela Justiça, em fevereiro de 1997, após um laudo médico afirmar que não havia evidências de erro médico.
Em um post em seu perfil no Instagram, Claudia Liz contou que decidiu fazer uma lipoaspiração depois de ouvir comentários sobre seu corpo. O estopim foi quando uma jornalista escreveu que ela estava gorda. “Era jovem, e me afetou muito”, disse a modelo na época.
“Me senti ridicularizada, diminuída, exposta e, por causa disso, fui fazer a cirurgia e entrei em coma. Ninguém tem o direito de apequenar o outro. E só para não ir para outro lado, não tenho mágoa nenhuma dela”, contou Claudia.
Após o coma, Claudia Liz ficou longe das câmeras durante alguma tempo para recuperar a saúde. Ela retomou a carreira. participando das novelas Pecado Capital (1998) e Uga Uga (2001), além dos filmes Hans Staden (1999) e Procuradas (2004).
Claudia Liz começou então a transição para a carreira de artista plástica, universo no qual ela já se arriscava desde menina. Ilustrou os livros “Millennial Mind”, “Lygia Fagundes Telles – Dossiê de Uma Imortal” e “Racismo Gourmet”, além de atuar no jornal Folha de São Paulo. É dela o mural em homenagem aos profissionais da saúde da Santa Casa de São Paulo que enfrentavam a pandemia da covid-19, e seus portraits estiveram em mostras coletivas em São Paulo e Paris. Obras suas integram o currículo escolar do ensino médio no Estado de São Paulo.
