Ciência

Segunda superlua de 2025: fenômeno astronômico será visível esta semana e estará 14% maior

Superlua
Superlua - Foto: Stas Moroz/ Shutterstock.com

O fenômeno ocorre na próxima quarta-feira (5), coincidindo a fase de Lua cheia com o ponto de maior proximidade do satélite natural com a Terra, chamado perigeu. A melhor visualização do evento ocorrerá logo após o anoitecer, quando a Lua surgirá no horizonte com um brilho e tamanho notavelmente ampliados. Observadores não precisam de equipamentos especiais, já que o astro estará mais brilhante e até 14% maior do que em seu ponto mais distante, o apogeu.

O Observatório Nacional confirmou o evento, que é a penúltima superlua prevista para o calendário astronômico deste ano.

Fenômeno do perigeu eleva brilho lunar em 30%

O termo “superlua”, popularizado em 1979 por um astrólogo, descreve a ocorrência da Lua cheia próxima ao perigeu, quando a distância da Terra é inferior a aproximadamente 360.000 km. Embora não seja um termo técnico fundamental para a Astronomia, ele se consolidou para descrever a visualização impressionante do satélite.

Nesta semana, a Lua cheia se apresentará com um aumento de brilho que pode chegar a 30% em comparação com uma lua cheia que estivesse no apogeu, também conhecida como microlua. Essa proximidade acentua a atração gravitacional, gerando variações nas marés oceânicas, embora não represente um risco.

Calendário astronômico oficial e a sequência de 2025

Segundo o Observatório Nacional, o ano de 2025 conta com um total de três superluas, sendo o evento de novembro o segundo da sequência.

lua cheia, superlua
lua cheia, superlua – Foto: Rafael Prendes/Shutterstock.com

A primeira já aconteceu no dia 6 de outubro, e a última está programada para o dia 4 de dezembro, completando um trimestre com eventos consecutivos, o que é relativamente incomum.

O calendário astronômico detalhado para o mês de novembro destaca outros eventos além da Superlua, como:

  • Chuva de meteoros Leonidas, com máxima atividade na madrugada de 17 de novembro
  • Conjunções entre a Lua e outros planetas, como Júpiter e Saturno
  • Outros fenômenos menos visíveis, como Urano em oposição ao Sol

Horários e cidades para melhor observação

O momento exato da Lua cheia varia conforme o fuso horário, mas o auge do fenômeno costuma ser visível por cerca de três noites, entre 5 e 7 de novembro. O nascer da Lua, logo após o pôr do sol, é considerado o período mais propício para a observação, pois o astro estará mais baixo no horizonte.

A ilusão lunar, um efeito óptico que faz a Lua parecer ainda maior quando vista próxima a elementos terrestres, reforça o espetáculo visual neste horário.

Em algumas capitais brasileiras, a Lua deve surgir aproximadamente nos seguintes horários de Brasília na quarta-feira (5):

  • São Paulo: 18h45
  • Recife: 17h28
  • Belém: 18h14
  • Belo Horizonte: 18h27

Para quem tem o interesse de registrar o momento, binóculos ou telescópios domésticos podem revelar pequenos detalhes da superfície lunar. No entanto, o fenômeno é plenamente contemplado a olho nu.

Entendendo a diferença entre superlua e microlua

O ponto de perigeu, que origina a superlua, é o oposto do apogeu. A órbita da Lua ao redor da Terra não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse, resultando em distâncias variáveis ao longo de seu ciclo.

Quando a Lua atinge o apogeu, seu ponto mais distante da Terra, ela é popularmente chamada de microlua. A diferença entre a superlua e a microlua é o que torna o perigeu notável, com o satélite natural parecendo até 14% maior e 30% mais luminoso. Tecnicamente, a fase “cheia” da Lua é um instante, mas o brilho ampliado é perceptível durante a maior parte da noite.

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