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Enem: 14 datas importantes que podem cair na prova

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Enem: 14 datas importantes que podem cair na prova O aniversário de 200 anos da Independência do Brasil não é a única data importante que os candidatos devem conhecer para a prova do Enem. Por isso, O GLOBO ouviu professores especialistas no exame para apontar 14 efemérides para entrarem no radar dos estudantes. Elas podem aparecer não só na prova de Ciências Humanas, mas também nas avaliações de Linguagens e até Redação.

A lista teve contribuição de Diogo Lúcio Pereira Vieira, professor de História da Escola SEB Unimaster, parceira da Plataforma AZ de Aprendizagem; Ruth Borges, assessora pedagógica do sistema de ensino do Raiz Educação; e Rogério Silveira, professor de geografia do Stoodi.

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Os Lusíadas – 450 anos (de 1572)

Escrita por Luís de Camões, um dos mais renomados autores portugueses, a obra foi a primeira epopeia portuguesa impressa, publicada em 1572. O livro aborda a viagem de Vasco da Gama às Índias, como pano de fundo para tratar do processo de expansão marítima e grandes navegações portuguesas. Para isso, utiliza referências religiosas do cristianismo e da mitologia greco-romana.

Independência do Brasil – 200 anos (de 1822)

Em 2022 completamos 200 anos da Independência do Brasil. O processo se iniciou em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa e da corte para nosso território. Normalmente atribuímos a nossa emancipação a D. Pedro I, mas um fato curioso é que a primeira pessoa a assinar a declaração de ruptura brasileira com Portugal foi Leopoldina, esposa de Pedro, no dia 2 de setembro de 1822, dias antes da data oficial.

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Revolta do Forte de Copacabana – 100 anos (de 1922)

O início da década de 1920 registrou uma grande agitação política no Brasil, marcada por rebeliões militares. O tenentismo foi um movimento político surgido entre os jovens oficiais das Forças Armadas. De caráter nacionalista e contrário às oligarquias da estrutura política da República Velha (1889-1930), ele representou a entrada da classe média urbana, de onde vinha grande parte desses oficiais, na política brasileira. O levante dos “18 do Forte”, no dia 5 de julho de 1922, foi o marco inicial.

Semana de Arte Moderna – 100 anos (de 1922)

Completando 100 anos em 2022, a Semana de Arte Moderna foi um evento ocorrido São Paulo e que atraiu artistas de todo o território brasileiro. Sua data não foi escolhida ao acaso, mas sim para comemorar o centenário da independência brasileira. No entanto, a Semana de Arte Moderna tinha o objetivo de introduzir novas tendências artísticas ao cenário nacional, rompendo com a estética europeia e buscando um abrasileiramento das artes, especialmente na literatura e na pintura.

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Marcha sobre Roma – 100 anos (de 1922)

Em outubro de 1922, tinha início um dos momentos mais sombrios da História italiana: a ascensão do fascismo. Foi através da Marcha sobre Roma – movimento armado organizado pelo Partido Nacional Fascista – que Benito Mussolini chega ao poder na Itália traçando os caminhos para a perseguição política, para o autoritarismo e para o desenrolar da Segunda Guerra Mundial.

Centenário da criação da URSS – 100 anos (de 1922)

Em 1917, o país passou por duas revoluções. A primeira, em fevereiro, depôs o czar Nicolau II, enquanto a de outubro instalou um governo socialista sob o comando de Lênin. Após alguns anos de guerra civil, vencida pelo Exército Vermelho, a União Soviética foi formada em 1922. Com a morte de Lênin, Stalin, que participara da Revolução, conseguiu se consolidar no poder. Ele utilizou meios brutais, como a coletivização forçada dos campos, além de promover uma série de expurgos, assassinando grande parte de outros participantes do movimento de 1917 e oficiais do exército.

Conquista do voto feminino no Brasil – 90 anos (de 1932)

Após intensa campanha nacional, o voto feminino e secreto foi introduzido no Código Eleitoral Provisório de 1932. Mas só era permitido que votassem ou fossem votadas as mulheres casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria. O Código de 1934 retirou essas determinações, mas o voto feminino continuou sendo facultativo, com a obrigatoriedade prevista somente para os eleitores homens. Apenas em 1946 o voto passou a ser obrigatório também para as mulheres.

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Revolução Constitucionalista – 90 anos (de 1932)

No ano de 1932, no primeiro governo da Era Vargas – Governo Provisório – eclodia em São Paulo um movimento revoltoso armado, que contava principalmente com a participação de jovens e de cidadãos insatisfeitos com o fim da política do café com leite e com a ausência de uma Constituição que definisse as diretrizes do presidente, dando a São Paulo menor destaque no cenário político. A morte de quatro jovens – Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo – deu coro ao movimento MMDC e fez com que o Brasil virasse os olhos para o estado e para a atuação do governo. Mesmo derrotado militarmente, o movimento teve uma vitória significativa: Getúlio Vargas convocou a Assembleia Constituinte que contou com forte participação dos paulistas.

Crise dos mísseis de Cuba – 60 anos (de 1962)

“Os treze dias que abalaram o mundo”. Assim ficou conhecido o período que mobilizou o mundo durante a Guerra Fria – disputa ideológica entre o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense – por conta de uma possível guerra nuclear. Após a Revolução Cubana e uma aliança do país com a União Soviética, Cuba se preparava para receber um míssil nuclear em uma de suas bases militares a menos de 550 km dos Estados Unidos. Apesar da gravidade do acontecimento, foi essa crise que iniciou o período chamado de Coexistência Pacífica, com uma comunicação direta entre Moscou e Washington de modo a evitar um conflito da mesma proporção.

Massacre do Carandiru – 30 anos (de 1992)

Cento e onze detentos foram mortos no maior massacre em uma prisão brasileira. Esse evento foi não só um marco histórico, mas também um demonstrativo da falência do sistema prisional brasileiro. Apesar de estar completando 30 anos em 2022, ele não mostra um sistema prisional muito diferente do que vemos nos dias de hoje. Recebemos atualmente duras críticas relacionadas à superlotação de prisões, ao desrespeito aos direitos humanos e à falta de um processo claro de reabilitação e reinserção socioeconômica dos condenados, tema importante para a Redação.

Eco-92 – 30 anos (de 1992)

Eco-92 foi o nome dado à “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento” estabelecida no estado do Rio de Janeiro. Ela reuniu os chefes de Estado de mais de 170 países numa discussão sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. Atualmente, com a questão do desmatamento da Amazônia Legal e a alta emissão de gases poluentes pela indústria e o desgaste ambiental causado pela agropecuária o tema se mantém em alta, sendo discutido pelas maiores potências.

Impeachment de Fernando Collor – 30 anos (de 1992)

O candidato mais jovem até então a assumir a presidência do Brasil, Fernando Collor foi acusado pelo seu próprio irmão de envolvimento em corrupção e desvio de dinheiro, o Esquema PC Farias. Com o escândalo vindo a público, as pessoas foram às ruas no movimento conhecido como Caras Pintadas, em que as pessoas pintavam seus rostos de verde e amarelo pedindo a saída do presidente do poder. Um fato curioso é que Collor acabou renunciando antes da votação do seu impeachment.

Rio + 20 – 10 anos (de 2012)

Vinte anos depois da Eco-92, a Rio + 20 abordou dois temas principais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, e a “Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”, além de um balanço de tudo o que foi feito de melhorias para o meio ambiente naqueles 20 anos.

Lei das cotas – 10 anos (de 2012)

Em agosto, dez anos depois de aprovada, expira a lei que estabeleceu cotas para ingresso nas universidades e institutos federais, reservando 50% das vagas a alunos de escolas públicas (metade delas aos de famílias com renda de até 1,5 salário mínimo per capita). Ela instaurou ainda outro filtro: pretos, pardos, indígenas e deficientes passaram a ter, entre esses cotistas, uma fatia proporcional à participação na população. Antes de 2012, já havia políticas de ação afirmativa em diversos formatos. Ao disseminar a prática no país, a Lei de Cotas foi um marco.

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