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Volta às aulas exige que beneficiários do Bolsa Família atualizem dados sobre mudança de escola

Volta às aulas exige que beneficiários do Bolsa Família atualizem dados sobre mudança de escola. Educação é oportunidade para conquistar uma vida melhor. Por isso, o Ministério da Cidadania acompanha a frequência escolar das crianças e adolescentes que fazem parte do Programa Bolsa Família. Em caso de mudança de colégio, é necessário procurar o setor responsável pelo Cadastro Único no município, atualizar os dados e, principalmente, informar na nova escola que a família participa do programa. O aviso é importante para que o vínculo escolar do aluno seja atualizado no Sistema Presença do Ministério da Educação (MEC), ferramenta na qual se registra a frequência escolar dos beneficiários.

Sem a informação de onde o aluno está matriculado, o governo federal não consegue fazer o acompanhamento escolar e a família pode ter o benefício bloqueado. A frequência escolar mensal deve ser de, no mínimo, 85% para estudantes de 6 a 15 anos e de 75% para adolescentes a partir de 16 anos que recebam o Benefício Variável Vinculado ao Adolescente (BVJ).

Em todo o Brasil, aproximadamente 140 mil escolas possuem, pelo menos, um aluno beneficiário do programa. Um deles é a jovem Maria Eduarda Barcelos, de 14 anos. Estudante do 9º ano, ela mora em Carapebus (RJ) com a mãe, Conceição Barcelos, 54 anos. A dona de casa conta que seu benefício já foi bloqueado quando não atualizou a situação escolar da menina. “Fiquei preocupada e fui ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) saber o que havia acontecido. Foi quando me avisaram que eu precisava atualizar a informação na escola. Atualizei e voltei a receber normalmente”, relata. Conceição pode comprar roupas, sapatos e material escolar para a filha com o valor pago pelo programa. “O material não pode faltar porque ela precisa ir pro colégio. O Bolsa Família é uma bênção aqui em casa.”

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Desenvolvimento – O secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, defende que a educação influencia diretamente no desenvolvimento das famílias. Ele ressalta a importância do acompanhamento das crianças e adolescentes por meio da condicionalidade. “O motivo do Bolsa Família é ajudar a curto prazo mas, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas criem condições pra seguir um caminho digno e melhorem suas vidas e histórias.”

Crianças que completaram seis anos a partir de abril de 2018 ou as que vão chegar a essa idade até 31 de março passam a ingressar o perfil para acompanhamento de condicionalidades de educação do ano letivo de 2019. Em janeiro, o governo federal informou essas famílias por mensagem de extrato sobre o processo de atualização dos dados – a pessoa responsável pela família leve documento com CPF ou Título de Eleitor até o setor responsável pelo Cadastro Único no município.

Saiba mais:
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda voltado para as famílias inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que têm renda mensal por pessoa de até R$ 89, além daquelas com renda familiar mensal de até R$ 178 por pessoa e que tenham integrantes gestantes, crianças ou adolescentes. O valor do benefício varia de acordo com a composição e renda da família. Os beneficiários recebem o benefício mensalmente, desde que cumpram compromissos nas áreas de educação e saúde. O não-cumprimento dessas condicionalidades prevê efeitos que vão desde advertências aos beneficiários até o bloqueio, suspensão ou cancelamento do benefício.