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Covas cria bolsa de R$ 100 para criança sem vaga em creche

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestão Bruno Covas (PSDB) criou uma bolsa de R$ 100 mensais para atender crianças em situação de vulnerabilidade que não têm vaga nas creches municipais. 
O prefeito vai mandar um projeto de lei à Câmara Municipal de SP. O benefício para crianças de 0 a 3 anos será temporário e acabará assim que a criança conseguir uma vaga na fila. 
A fila de creche hoje é de cerca de 70 mil crianças, 65 mil delas são menores de dois anos. A gestão Covas pretende criar mais 30 mil vagas -o que falta para a meta da gestão de 85 mil vagas. Por isso, se a fila permanecer no patamar atual, restariam cerca de 40 mil sem atendimento. 
O ensino infantil é uma das apostas como vitrine da atual gestão, que vem ampliando significativamente a quantidade de vagas. E a bolsa de R$ 100 chegará às vésperas das eleições municipais de 2020, quando o prefeito tentará se reeleger. 
A prefeitura prevê como obrigações para as famílias beneficiadas a participação dos pais ou responsáveis em atividades de orientação sobre parentalidade e cuidados com a primeira infância e o cumprimento do calendário de vacinação da criança, conforme orientações do Ministério da Saúde.
“Estamos dando condições às famílias em situação de vulnerabilidade para que consigam suprir as necessidades básicas das crianças que não estão matriculadas em unidades da Rede Municipal. Contamos com o apoio da Câmara Municipal para a discussão desde Projeto e sua efetiva implantação já em 2020”, afirmou o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, em nota.
Neste mês, a gestão Covas já anunciou outra medida para tentar turbinar a criação de vagas, o programa Mais Creche. Pelo projeto, crianças em situação de vulnerabilidade poderão obter vagas em escolas particulares com valor de até R$ 727 por mês -o máximo repassado às unidades conveniadas.
Desde dezembro de 2013, na gestão Fernando Haddad, até setembro as vagas saltaram de 214.460 para 338.819. O modelo que mais contribuiu para o salto, porém, foi o de escolas conveniadas, hoje sob investigação devido à descoberta de uma “máfia das creches”.
Segundo a atual gestão, o Mais Creche será emergencial e atenderá no máximo 10% das matrículas vigentes.
A maior aposta é abrir CEUs (Centros Educacionais Unificados) que terão apenas vagas para educação infantil, sem incluir o ensino fundamental.
A ideia é aproveitar melhor os espaços para atender a demanda para as crianças menores, ofertando 3.200 vagas em creche e 2.800 para ensino infantil (a partir dos 4 anos).  

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