EUA miram parlamentares e aliados de Maduro em novas sanções à Venezuela

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos impuseram, nesta segunda-feira, sanções a sete políticos venezuelanos que, segundo os norte-americanos, lideraram uma tentativa do presidente Nicolás Maduro em retirar o controle do Congresso do país do líder da oposição Juan Guaidó, apoiado pelos EUA.

No início deste mês, tropas impediram Guaidó de entrar no Congresso por tempo suficiente para o Partido Socialista declarar o parlamentar aliado Luis Parra como chefe do Parlamento. Em outra sessão em 5 de janeiro, os parlamentares da oposição reelegeram Guaidó, e, posteriormente, retornaram ao Palácio Legislativo para realizar a sessão.

O governo norte-americano classificou, em uma lista negra, Parra e seis de seus aliados “os quais, por ordem de Maduro, tentaram bloquear o processo democrático na Venezuela”, disse em comunicado o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

Os outros políticos alinhados com Maduro penalizados nesta segunda-feira são: José Noriega, Franklyn Duarte, José Brito, Conrado Pérez, Adolfo Superlano e Negal Morales.

A Reuters noticiou, na semana passada, que o governo Trump estava avaliando impor sanções contra Parra e mais de uma dúzia de outras pessoas que participaram da tentativa do Partido Socialista de assumir o controle do Congresso.

As sanções, a mais recente ação de Washington contra o governo socialista de Maduro, congelam quaisquer ativos norte-americanos das pessoas designadas, e, de maneira geral, proíbem norte-americanos de realizarem negócio com eles.

Em comunicado, Parra disse que rejeita “enérgica e categoricamente” as sanções e afirmou que é inaceitável que nações estrangeiras se intrometam nas ações do Congresso venezuelano.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse nesta segunda-feira que as novas sanções demonstram o “compromisso contínuo dos Estados Unidos com o povo venezuelano em sua luta para restaurar a democracia e a prosperidade”.

“As tentativas repressivas e ilegais de Maduro de reprimir a vontade democrática do povo venezuelano revelam mais uma vez seu desespero”, afirmou Pompeo em comunicado.

(Reportagem de Daphne Psaledakis e Susan Heavey)

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