Djokovic compartilha lamentações olímpicas com Murray em bate-papo ao vivo

Por Martyn Herman

LONDRES (Reuters) – Partidas de tênis ao vivo são apenas uma lembrança durante o isolamento devido ao coronavírus, mas 20.000 fãs puderam acompanhar os rivais Novak Djokovic e Andy Murray em uma conversa no Instagram nesta sexta-feira.

Sentados em seus sofás de casa, os dois passaram uma hora divertida relembrando alguns dos clássicos em 36 confrontos entre eles, derrotas dolorosas e até mesmo o tenista perfeito.

A brincadeira rendeu algumas reflexões francas sobre suas carreiras brilhantes. Questionados sobre quais as piores derrotas, ambos selecionaram partidas contra o outro.

“Para mim, foi a final do Aberto da França contra você em 2016”, disse Murray, que também terminou em segundo lugar no Aberto da Austrália cinco vezes.

“Obviamente, eu adoraria vencer o Aberto da Austrália ou o Aberto da França, mas acho que isso é um desafio para mim, porque o saibro foi uma superfície tão difícil ao longo da minha carreira, que teria sido a minha maior conquista.”

Djokovic, número 1 do mundo, nunca ganhou a medalha de ouro olímpica, feito que Murray conquistou em 2012 e 2016.

Djokovic disse que suas derrotas nas semifinais contra Murray e Rafael Nadal nas Olimpíadas de 2012 e 2008 foram duas de suas mais duras derrotas –juntamente com a derrota para Juan Martin del Potro na primeira rodada dos Jogos Rio 2016.

“Talvez aquela partida contra você em Londres ou a semifinal contra Rafa em Pequim (em 2008)”, disse Djokovic, que ganhou a medalha de bronze em Pequim.

“No Rio, me sentia muito bem, mas dois dias antes da partida senti dor no pulso. Não é desculpa, recebi injeções, mas fiquei triste por não estar no meu melhor e poder trabalhar do meu jeito no torneio.”

“Se eu pudesse mudar qualquer resultado, seria Rio e Londres”, acrescentou o sérvio.

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