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Fábricas britânicas têm pior mês em três décadas, diz IHS Markit

Por David Milliken

LONDRES, 1 Maio (Reuters) – As fábricas do Reino Unido tiveram a pior queda de produção e encomendas em ao menos três décadas em abril, conforme medidas adotadas para refrear a disseminação do novo coronavírus lançaram a economia em uma retração acentuada, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira.

O Índice IHS Markit/CIPS de Manufatura e Compra dos Gerentes (PMI) final de abril confirmou o quadro desolador pintado em uma estimativa prévia divulgada no dia 23 deste mês.

O importante índice de atividade, que em março havia sido de 47,8, atingiu uma baixa recorde de 32,6 –o que se alinha às previsões de uma pesquisa da Reuters e à estimativa prévia anterior de 32,9.

“Enormes parcelas da indústria foram atingidas duramente pelo fechamento de empresas, demanda global fraca, isolamentos e medidas de distanciamento social em reação à Covid-19”.

“Os únicos bolsões de crescimento foram vistos em empresas que fazem produtos médicos e alimentares”, disse Rob Dobson, diretor da IHS Markit, que compila a sondagem.

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O componente da produção –que a IHS Markit diz proporcionar um quadro mais preciso da escala do declínio– despencou para a baixa histórica de 16,3, tendo sido de 43,9 no mês anterior. Números abaixo de 50 representam uma queda de produção na maioria das fábricas.

Mais cedo nesta sexta-feira, a associação comercial Make UK disse que teme que a produção industrial diminua em mais da metade durante o trimestre atual e que mais de 80% de seus membros testemunharam uma queda nas encomendas.

Uma pesquisa separada da Confederação da Indústria Britânica mostrou que nos três meses transcorridos até abril a atividade do setor privado se reduziu como não fazia desde julho de 2009.

O IHS Markit disse que a queda nas encomendas fabris de abril foi a maior desde o início da sondagem, em 1992.

(Por David Milliken)