CHICAGO (Reuters) – Agricultores dos Estados Unidos que cultivam produtos como a soja e o milho vão receber pagamentos de assistência relacionados ao coronavírus, baseados na metade de suas produções de 2019 ou na quantidade de oferta que possuíam em 15 de janeiro, disse o governo norte-americano nesta terça-feira.
O auxílio-coronavírus é o mais recente de uma série de pagamentos ao setor pelo governo, dos quais agricultores dos EUA passaram a depender para sobreviver, diante da deterioração da economia rural do país. Produtores já haviam recebido 28 bilhões de dólares no últimos dois anos para amenizar o impacto das guerras comerciais deflagradas pelo governo de Donald Trump.
Os pagamentos foram estabelecidos em 45 centavos de dólar por bushel para a soja, 32 centavos/bushel para o milho e 18 centavos/bushel para o trigo duro vermelho de inverno, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
Pelo plano, outros cultivos, como os de cevada, canola, algodão e aveia, também estão elegíveis para pagamentos.
“A pandemia de coronavírus resultou em muita incerteza em toda a região agrícola”, disse o presidente da Associação Nacional de Produtores de Milho, Kevin Ross, em comunicado.
“A assistência é o primeiro passo para colocar nossos agricultores, e nossos consumidores, de volta à terra firme.”
O presidente Donald Trump havia anunciado em abril um programa de alívio de 19 bilhões de dólares para ajudar os produtores norte-americanos a lidar com o impacto do coronavírus, incluindo 16 bilhões de dólares em pagamentos diretos aos setores de carnes, laticínios, vegetais e outros produtos.
“Nós iremos precisar de assistência adicional aos produtores antes do fim deste ano fiscal”, disse em nota o senador John Hoeven, da Dakota do Norte, presidente do subcomitê de apropriações agrícolas.
Segundo o USDA, agricultores poderão se inscrever a partir de 26 de maio para receber os pagamentos.
(Reportagem de Mark Weinraub, Karl Plume e Julie Ingwersen)