RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Katia Cilene da Hora Machado Bugarim, juíza titular da 42ª Vara Cível do Tribunal do Estado do Rio de Janeiro, concedeu liminar ao presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faues Cherene Jassus, o Mussa, e suspendeu a reunião virtual do Conselho Deliberativo do clube que aconteceria nesta sexta (28) e visava votar um possível afastamento do dirigente de seu cargo. A decisão saiu na madrugada desta sexta.
Mussa havia ingressado com um pedido de tutela antecipada de urgência solicitando o acesso a todos os documentos que fundamentam as acusações do inquérito administrativo e um prazo de dez dias úteis para a apresentação da defesa. A informação do parecer foi publicada, primeiramente, pelo site “Esporte News Mundo” e confirmada pela reportagem.
“Examinados os documentos adunados pelo autor, e ponderadas as suas alegações, entendo presentes suficientes elementos a autorizar a concessão da medida pretendida”, escreve no parecer.
“Aprioristicamente, não há evidência de ocorrência de fato, emissão de ato por parte do Presidente da Assembleia Geral do VASCO, ora autor, ou qualquer deliberação em desacordo com o estatuto da entidade desportiva, hábeis a ensejar repentina deflagração de Procedimento Administrativo para apuração de circunstâncias envolvendo a convocação da Assembleia do dia 30/08/2020. Tais assertivas, a meu ver, estão vazadas em considerações de ordem genérica, subjetiva, hipotética e dissociadas da real finalidade”, diz trecho do documento.
Jassus sofreu uma abertura de inquérito sob a acusação de ter ferido o estatuto do clube com a convocação da Assembleia Geral Extraordinária para este domingo (30). O objetivo a AGE é votar, de maneira on-line, a proposta de eleições diretas.
Na manhã desta quinta (27), a comissão formada para apurar as denúncias decidiu, por maioria, indicar o afastamento do dirigente do cargo.