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Soja toca máxima de 2 anos em Chicago com expectativa de maior exportação dos EUA

Por Tom Polansek

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago tocaram nesta sexta-feira o maior patamar desde junho de 2018, com traders projetando aumento na previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) para as exportações e um novo corte na produção doméstica.

Os futuros do milho atingiram o maior nível em seis meses, enquanto os do trigo caíram para mínima de duas semanas.

O USDA, em um relatório mensal, disse que a produção de milho e soja dos EUA será menor do que o esperado anteriormente por causa do clima desfavorável no mês passado. Operadores esperam que estimativas de estoque possam diminuir devido às previsões de safra ainda mais baixas e ao aumento das exportações.

O USDA deixou sua estimativa para as exportações de soja inalterada em relação a agosto, apesar da robusta demanda da China. O órgão, por meio de um sistema de relatórios diários, anunciou vendas para o maior importador da oleaginosa do mundo por seis pregões consecutivos.

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A China, buscando combater os riscos à segurança alimentar, também tem sido um grande comprador do milho norte-americano. O USDA manteve sua estimativa para as importações de milho da China inalterada em relação ao mês passado.

O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 18,50 centavos de dólar, a 9,96 dólares por bushel, depois de ter atingido o valor mais alto desde junho de 2018, em 9,98 dólares por bushel.

O milho subiu 3,50 centavos, a 3,6850 dólares o bushel, após atingir o maior patamar desde 13 de março, de 3,6925. O trigo contrariou a tendência e caiu 6,25 centavos, para 5,42 dólares o bushel.

O USDA reduziu sua estimativa de estoques finais de soja nos EUA para 2020/21 em 150 milhões de bushels, para 460 milhões de bushels, e em 253 milhões de bushels para o milho, para 2,503 bilhões de bushels.

(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)