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Louis Dreyfus vê lucro aumentar no primeiro semestre

Por Gus Trompiz

PARIS (Reuters) – A Louis Dreyfus Company (LDC) registrou aumento no lucro do primeiro semestre nesta segunda-feira, com a empresa de commodities agrícolas afirmando que uma demanda estável por alimentos e a volatilidade de preços durante a pandemia de coronavírus impulsionaram a maior parte de seus negócios.

O grupo de 169 anos, que está considerando trazer um investidor externo pela primeira vez, disse que o lucro líquido no primeiro semestre somou 126 milhões de dólares, de 71 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu para 634 milhões de dólares, de 423 milhões.

O grupo, conhecido como Dreyfus, é o “D” do quarteto “ABCD” de gigantes globais de negociação de commodities e processamento de alimentos que inclui ainda Archer Daniels Midland (ADM), Bunge e Cargill.

A LDC disse que a demanda por commodities alimentícias se manteve firme e que foi capaz de se adaptar a mudanças nos hábitos dos clientes, como o aumento no consumo de café em casa.

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Assim como a ADM e a Bunge em seus resultados do segundo trimestre, a LDC destacou a forte demanda chinesa pela soja do Brasil, que ajudou suas atividades no setor de grãos.

Os negócios de algodão e biocombustíveis, no entanto, foram afetados pela queda na demanda devido à crise de saúde, acrescentou.

Os melhores resultados da LDC vieram após uma redução nos lucros no ano passado que a empresa atribuiu às tensões no comércio internacional e à peste suína africana na China.

Os resultados do primeiro semestre ainda foram negativamente impactados em 74 milhões de dólares por uma redução no valor justo das ações da empresa na Luckin Coffee, rede de cafés chinesa atingida por um escândalo contábil, bem como por efeitos cambiais negativos de 83 milhões de dólares associados principalmente à moeda brasileira, o real, disse o grupo.

A LDC pagou um dividendo de 302 milhões de dólares no primeiro semestre. Combinado com o impacto negativo de instrumentos de hedge, isso levou o patrimônio do grupo a fechar junho em 4,5 bilhões de dólares, ante 4,8 bilhões de dólares em 31 de dezembro de 2019.