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Soja renova máxima de 4 anos em Chicago com oferta apertada e alta do óleo

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago renovaram uma máxima de quatro anos nesta quarta-feira, impulsionados pelos fortes ganhos do óleo de soja e à medida que a demanda robusta de exportadores e processadoras domésticas pela oleaginosa dos Estados Unidos alimenta temores de um aperto na oferta.

Milho e trigo acompanharam a soja e também subiram, com a firme demanda por exportações dando ao milho um fôlego adicional.

Os grãos seguem sustentados por temores com as safras da América do Sul após um período de tempo seco na Argentina e Brasil. Chuvas recentes aliviaram parte do estresse climático, mas o aperto das ofertas globais, especialmente de soja, deixa pouco espaço para uma queda na produção.

“Os índices de estoque-uso (da soja) nos indicam que deveríamos estar mais acima”, disse Craig Turner, corretor sênior de commodities da Daniels Trading.

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“Os EUA estão tendo que racionar as exportações. E isso tem relação direta com a quantidade de soja que a América do Sul pode produzir para compensar ou o déficit, ou a abundância de ofertas para exportação entre este momento e a safra norte-americana do ano que vem”, acrescentou.

O contrato janeiro da soja fechou em alta de 6 centavos de dólar, a 11,7575 dólares por bushel, após atingir máxima de 11,8975 dólares, maior nível para um contrato mais ativo desde 13 de junho de 2016.

O milho para dezembro avançou 5,50 centavos, para 4,2575 dólares o bushel, depois de estabelecer uma máxima contratual de 4,2850 dólares, maior patamar para um vencimento mais ativo desde 25 de julho de 2019. O contrato dezembro do trigo teve alta de 2,50 centavos, a 5,9825 dólares/bushel.

(Reportagem adicional de Nigel Hunt, em Londres, e Naveen Thukral, em Cingapura)