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Com clamores cada vez maiores por sanções, Abramovich coloca o Chelsea à venda

O empresário russo Roman Abramovich disse nesta quarta-feira que decidiu vender o Chelsea Football Club e prometeu doar dinheiro da venda para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.

Entre cobranças para Abramovich ser alvo de sanções após a invasão da Rússia à Ucrânia, o magnata de 55 anos afirmou em um comunicado que a venda era do melhor interesse do atual campeão europeu e mundial.

“Na situação atual, tomei a decisão de vender o clube, pois acredito que isso seja do melhor interesse do clube, dos torcedores, dos funcionários, bem como dos patrocinadores e parceiros do clube”.

Abramovich disse que não cobraria empréstimos que fez ao clube –que seriam de 1,5 bilhão de libras (cerca de 2 bilhões de dólares)– e que a venda não seria acelerada.

Também afirmou que orientou seus auxiliares a criarem uma fundação de caridade que receberá todo o saldo do dinheiro da venda.

“A fundação será em benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia”, disse Abramovich, no comunicado.

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“Isso inclui fundos críticos para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, assim como o apoio ao trabalho de recuperação de longo prazo.”

O empresário suíço Hansjoerg Wyss havia dito a um jornal que estava considerando comprar o Chelsea de Abramovich, que ao longo do fim de semana afirmou que estava se afastando da gestão do clube, mas não fizera nenhuma menção a planos de transferir a sua propriedade.

“Abramovich está atualmente tentando vender todas suas propriedades na Inglaterra. Ele também quer se livrar do Chelsea rapidamente. Eu e outras três pessoas recebemos uma proposta na terça-feira para comprar o Chelsea de Abramovich”, teria dito Wyss segundo o jornal Blick em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.

Abramovich comprou o clube do oeste de Londres em 2003 e seu investimento ajudou a produzir a era mais bem-sucedida da história do time –com cinco títulos do Campeonato Inglês, cinco da Copa da Inglaterra e dois da Liga dos Campeões.

O russo, que tem cidadanias de Israel e Portugal, tornou-se um dos empresários mais poderosos da Rússia recebendo enormes quantias após a dissolução da União Soviética em 1991. A Forbes avalia sua fortuna em 13,3 bilhões de dólares.