X

‘Triangle of Sadness’, de Ruben Ostlund, vence a Palma de Ouro em Cannes

CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O Festival de Cannes chegou ao fim neste sábado (28) premiando o longa “Triangle of Sadness”, de Ruben Ostlund, com a Palma de Ouro, maior honraria do evento francês. A obra tem produção do brasileiro Rodrigo Teixeira.

O troféu foi entregue numa pomposa cerimônia na qual também saíram vitoriosos, em empates, “Close” e “Stars at Noon”, escolhidos para o grande prêmio, e “Le Otto Montagne” e “EO”, para o prêmio do júri.

O diretor desse último, Jerzy Skolimowski, agradeceu nominalmente os seis burros que estrelam seu longa e foram a grande sensação da riviera francesa, arrancando risadas da plateia. “Obrigado, meus burros. I-ó”, disse.

Houve ainda a entrega de um prêmio especial pelos 75 anos do festival, destinado aos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, de “Tori et Lokita”. Os atores que apresentaram os melhores trabalhos desta 75ª edição, segundo o júri, foram Zar Amir Ebrahimi, do filme “Holy Spider”, e Song Kang Ho, de “Broker”.

As honrarias de direção e roteiro foram para Park Chan-Wook, de “Decision do Leave”, e Tarik Saeh, de “Boy from Heaven”, respectivamente, enquanto a Câmera de Ouro, destinada ao melhor estreante de qualquer seção do festival, ficou com Riley Keough e Gina Gammell e seu “War Pony”, com menção especial a “Plan 75”. A Palma de Ouro de curta-metragem foi arrematada por “The Water Murmurs”, enquanto “Lori” recebu uma menção especial.

Relacionadas

Encabeçado pelo ator francês Vincent Lindon, o júri que escolheu os vencedores da competição principal foi formado pelo cineasta iraniano Asghar Farhadi, o cineasta americano Jeff Nichols, a atriz e diretora britânica Rebecca Hall, a atriz indiana Deepika Padukone, a atriz sueca Noomi Rapace, a atriz e diretora italiana Jasmine Trinca, o diretor francês Ladj Ly e o diretor norueguês Joachim Trier.

Antes da cerimônia de encerramento do Festival de Cannes, alguns prêmios paralelos e de fora da mostra principal já haviam sido entregues. Na Um Certo Olhar, o grande vencedor foi “Les Pires”, de Lise Akoka e Romane Gueret. Outros contemplados foram “Joyland”, com o prêmio do júri; “Metronom”, em direção; Vicky Krieps, de “Corsage”, e Adam Bessa, de “Harka”, com as melhores atuações; “Mediterranean Fever”, em roteiro, e “Rodéo”, com o Coup de Coeur, espécie de prêmio de consolação.

A Associação Internacional de Críticos de Cinema, a Fipresci, entregou seus troféus a XXX. Já a Palma Queer, destinada a filmes com temática LGBTQIA+, foi para “Joyland”, entre os longas, e “Will You Look at Me”, entre os curtas.

O Brasil, que nesta edição de Cannes teve uma participação simbólica, em especial com Rodrigo Teixeira, saiu sob a promessa de, quem sabe, retornar ao evento com candidatos fortes -o país foi contemplado, na figura de “O Casamento”, de Maíra Bühler, com o fundo Hubert Bals, que ajuda projetos cinematográficos a saírem do papel.