SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta quinta-feira (23) a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos contendo o princípio ativo losartana. A medida foi tomada devido à presença da impureza azido em concentração acima do limite de segurança aceitável.
Mas pessoas que utilizam o medicamento não devem interromper o tratamento. De acordo com a Anvisa, a losartana é o anti-hipertensivo e um dos medicamentos para insuficiência cardíaca mais utilizado no Brasil, em tratamentos que exigem acompanhamento constante e qualquer alteração pode comprometer a saúde do paciente.
Quanto ao azido, a Anvisa afirma que são “substâncias que podem surgir durante o processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo e que têm potencial mutagênico”. A agência ressalta, contudo, que a medida é preventiva e foi adotada após a evolução do conhecimento sobre as impurezas, para retirar de circulação os lotes com azido.
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CONFIRA PERGUNTAS E RESPOSTAS ELABORADAS PELA ANVISA:
Devo continuar tomando minha losartana?
Sim. Os pacientes que fazem uso da losartana devem continuar utilizando o seu medicamento, ainda que estejam usando um dos lotes afetados.
A hipertensão e insuficiência cardíaca exigem acompanhamento constante e qualquer alteração no tratamento deve ser feita somente pelo médico que acompanha o paciente. Deixar de tomar o medicamento pode trazer riscos à saúde.
Estou usando medicamento dos lotes afetados. O que devo fazer?
Se você tem em casa ou está fazendo uso de um dos lotes interditados, você deve continuar o tratamento ou conversar com seu médico, em caso de dúvida ou necessidade de orientação.
Também é possível entrar em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) do laboratório para se informar sobre a troca do medicamento por um de algum lote que não tenha sido afetado. Os canais para entrar em contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e bula dos medicamentos.
Por que o recolhimento e a interdição foram determinados?
A medida é preventiva, adotada após novas descobertas sobre as impurezas azido a partir da análise dos produtos disponíveis no mercado. Os testes foram realizados pelos fabricantes do medicamento no Brasil, por determinação da Anvisa.
Qual o prazo para as farmacêuticas recolherem os produtos?
O prazo regulamentar máximo para concluir o recolhimento desses produtos é de até 120 dias, contados a partir desta quinta-feira (23).