Economia

Dólar sobe ante real e pares emergentes de olho em Treasuries, China e Guillen

O dólar opera em alta moderada no mercado à vista nesta sexta-feira, 23, acompanhando a tendência frente outros pares emergentes do real no exterior, em manhã de queda firme do petróleo e com preocupações recorrentes sobre a crise no setor imobiliário na China. Os juros dos Treasuries passaram a oscilar com viés de baixa, após subirem desde a madrugada desta sexta de agenda vazia de indicadores.

Os ativos financeiros ajustam-se aos sinais conservadores de dirigentes do Federal Reserve, que reforçam a percepção de que o início do ciclo de cortes de juros ainda não está próximo. O petróleo sustentava queda de mais de 1%, enquanto o minério de ferro subiu 0,45% em Dalian, na China.

Dados chineses mostraram também que o preço médio de moradias no país caiu em ritmo mais fraco na comparação mensal de janeiro, porém, no confronto anual, a queda nos preços foi mais forte no mês passado do que em dezembro, expondo os desafios de Pequim na tentativa de reverter a persistente crise no setor imobiliário.

O investidor local está monitorando, agora, o início da palestra do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, em evento da Abrasca.

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) deve encerrar o mês de fevereiro com alta de 0,43%, após subir 0,46% em janeiro, estima o coordenador do índice, Guilherme Moreira. O grupo Alimentação deve responder pela maior parte da pressão de alta do índice no mês, mas com menos intensidade em relação ao fechamento de janeiro, destaca o coordenador, que estima desaceleração do grupo a 0,90% (ante 1,09% em janeiro).

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) arrefeceu de 0,65% para 0,60% na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de fevereiro. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,64% em 12 meses, ante 3,69% na leitura anterior.

Na B3, as ações da Vale podem ser destaque, após publicar o balanço do 4º trimestre na noite desta quinta-feira, 22. É o que sugere o seu American Depositary Receipt (ADR), que subia 1,41% no pré-mercado por volta das 8h40, com um volume de negociações que corresponde a 154% da média dos últimos 65 dias. O movimento se dá após a mineradora reportar balanço do quarto trimestre de 2023, elogiado pelo Citi (com Ebitda 6% acima do esperado pelo banco) e pela XP (que diz que os resultados mitigam alguns riscos relacionados a custos), e em dia de leve alta do minério de ferro em Dalian, na China: subiu 0,45%, cotado a US$ 124,95 por tonelada.

Às 9h33 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,25, aos R$ 4,9655. O dólar futuro para março ganhava 0,06%, aos R$ 4,9670.

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