Haddad comemora PIB próximo de 3%, mas afirma que país precisa de mais investimentos para crescer

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, e que o número passa confiança ao mercado internacional, cidadãos comuns e empresários. Mas ponderou que é preciso mais investimento para a economia rodar.

PIB: país cresceu 2,9% no ano passado puxado pelo agro

Haddad lembrou que o investimento foi a variável que menos acompanhou o crescimento no ano passado, e o governo trabalha para criar um ambiente de negócios para que os empresários invistam. Para este ano, a previsão de crescimento do governo está mantida em 2,2%, disse o ministro.

— Uma coisa boa que tivemos no quarto trimestre foi uma ligeira melhora na fomação bruta de capital. Isso é importante porque precisamos do investimento para fazer a economia rodar. Mas essa foi a variável que menos acompanhou a evolução do PIB no ano passado. Com investimento é possível crescer sem risco inflacionário, porque aumenta a demanda, mas também aumenta a oferta de bens quando esse investimento amadurece — afirmou Haddad durante rápida conversa com jornalistas em São Paulo.

Haddad afirmou que a queda dos juros vai ajudar a aumentar o investimento. Ele afirmou que os juros já estão 2,5 pontos percentuais abaixo do que estavam no início do ano passado, mas ainda em patamar elevado, e que há bom espaço para mais quedas, com base em indicadores que mostram a convergência da inflação para mais próximo de 3% este ano.

— Não estou falando em desejo pessoal (em relação à queda de juros). Temos bom espaço para a política monetária com base em indicadores — afirmou o ministro, lembrando que a expectativa é que a inflaão fique comportada.

Haddad disse que a política monetária internacional também deve ajudar, com os juros começando a ceder. Nos Estados Unidos, o mercado espera que a taxa de juros comece a cair na mtedade do ano.

Ele afirmou que além da política monetária, a correção das contas públicas, que estavam desorganizadas, em projetos junto ao Congresso, vai ajudar o cenário econômico este ano..

— Temos negociado projetos junto ao Congresso para corrigir as contas públicas que estavam desorganizadas. Com a política monetária atuando na mesma direção, temos condições de crescer até mais de 2%. Mas, por enquanto, estamos comedidos — afirmou o ministro.

Quando isso acontecer, prevê Haddad, o cenário econômico no Brasil começará a melhorar estruturalmente.

— A partir do segundo, terceiro trimestre as coisas começam a melhorar estruturalmente, conjugando os esforços deste um ano e meio para organizar a casa do ponto de vista fiscal e os bons ventos que começam a soprar do exterior. O meu mantra é o mesmo: política monetária e fiscal têm que andar na mesma direção — afirmou.