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Faqueiros de ouro, tapetes persas, joias, obras de arte: veja o que sobrinho de socialite diz que sumiu do apartamento da tia no edifício Chopin

O retorno da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, a seu apartamento no Edifício Chopin, em Copacabana, nesta sexta-feira, expôs a falta de mais bens da idosa, além de joias que teriam sido retiradas dos cofres do imóvel. A família de Regina alega que os bens foram retirados por José Marcos Chaves Ribeiro, ex-chofer da socialite que apresentou à Justiça uma escritura de união estável com a idosa — ela afirmou, ao voltar ao apartamento, que o motorista não é seu marido.

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Sobrinho de Regina, Álvaro O’hara diz que há esculturas e um quadro que não estão mais na casa e que a tia também deu por falta de tapetes persas, peças decorativas de prata e faqueiros de ouro:

— A gente não enxergava o chão, era tudo um mosaico com carpetes em que cada um chegava a custar R$ 500 mil reais.

A família diz que não sabe como está a situação de outro imóvel de Regina, em São Conrado, também na Zona Sul. Segundo Álvaro, na última semana saíram dois caminhões de mudança da casa, que Ribeiro ainda estaria frequentando.

— Todos os imóveis dela são cheios de obra de arte. Lá na casa de São Conrado conhecidos nossos nos disseram para nem ir lá, porque é um povo estranho que frequenta e já saiu até tiro na casa.

Na tarde desta sexta-feira, o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), determinou que sua decisão de 27 de fevereiro, que mantém a medida protetiva contra Ribeiro, ou seja, o afastamento do marido, por 250 metros de Regina, continue em vigor. O magistrado informou ainda que a colega desembargadora da 6ª Câmara de Direito Público, da mesma instância, que decidiu o contrário, suscitando assim um conflito de decisões, seja comunicada sobre o fato.

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O advogado de Ribeiro ingressou, na tarde desta sexta-feira, com um agravo de instrumento, requerendo que o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do TJRJ, reconheça a decisão da 6ª Câmara de Direito Privado do TJRJ . No documento, a defesa ressalta que um laudo pericial elaborado pelo psiquiatra Felipe de Oliveira Souto, perito judicial, sobre a saúde mental de Regina.

Entenda o caso

Na quinta-feira, a Justiça concedeu duas decisões antagônicas sobre a tutela da socialite Regina Gonçalves. A desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, manteve a tutela provisória de Regina com o marido, José Marcos Chaves Ribeiro, revogando a medida protetiva de que ele ficasse a 250 metros de distância da esposa. Já em primeiro grau, a juíza substituta Claudia Leonor Jourdan Gomes Bobsin, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, determinou a volta da socialite ao edifício Chopin com o curador, no caso, seu sobrinho. Prevaleceu a decisão de segunda instância: Regina teria que retornar com o companheiro.

A queda de braço entre a família de Regina e seu companheiro existe desde 2016, mas só este ano foi que a batalha judicial entre as duas partes se acirrou. No dia 2 de janeiro, Ribeiro alegou que Regina teve um surto e foi à casa do irmão, em Copacabana, de onde não mais retornou. Uma ação foi movida pela família da socialite contra o marido por violência psicológica e doméstica sofrida por ela, além da ameaça. O caso só veio à tona na semana passada, quando vizinhos de Regina, moradores do luxuoso Chopin, onde a socialite tem dois apartamentos, fizeram um movimento pelas redes sociais, no qual denunciavam o sumiço dela.

Decisão favorável ao companheiro

A decisão da desembargadora Valéria Dacheux foi concedida às 10h40. Apesar de o sistema ser eletrônico, até a noite de quinta-feira, a informação não constava nas movimentações da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, exibidas no site do Tribunal de Justiça. O próximo passo, agora, será a magistrada de primeiro grau modificar a sua decisão por conta do resultado do recurso favorável a Ribeiro. A juíza de primeiro grau reiterou que, “diante da repercussão” do caso, o processo continue em sigilo.