O Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma importante expansão na campanha de vacinação contra a gripe. Agora, bebês com mais de seis meses também serão incluídos no público-alvo da campanha. A decisão, anunciada pela ministra da Saúde Nísia Trindade, surge como resposta ao crescimento de casos de influenza e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por vírus como o sincicial respiratório (VSR) e o influenza A. A região Norte já iniciou essa nova fase em novembro último, enquanto outras regiões do país começam agora a adaptar-se à mudança.
A campanha, que teve início no último mês, apresentou uma adesão de 23,51% do público-alvo, totalizando 15,5 milhões de pessoas vacinadas dos 75,8 milhões esperados. Os estados com menor adesão incluem Mato Grosso do Sul, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e o Distrito Federal. Por outro lado, estados como Rio Grande do Sul, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Norte mostraram maior taxa de vacinação.
A vacina deste ano protege contra os vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B, reforçando a importância da vacinação para todos os grupos prioritários para prevenir a disseminação da gripe e mitigar seus impactos na saúde pública.
A campanha nacional é dividida em duas fases devido às variações sazonais da doença, com a primeira fase ocorrendo de 25 de março a 31 de maio nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A região Norte seguirá o calendário do inverno amazônico, com a campanha prevista para o segundo semestre.
O Ministério da Saúde enfatiza a importância do microplanejamento em parceria com estados e municípios para ampliar o acesso à vacinação e adaptar as estratégias conforme as necessidades locais. No entanto, enfrenta desafios relacionados à desinformação, que segundo o médico infectologista Alberto Chebabo, ainda prejudica a cobertura vacinal ao gerar dúvidas sobre a eficácia e necessidade da vacina.
Vacinação de Influenza (gripe)
A campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) iniciou no Distrito Federal em 19 de março de 2024.
No momento, a imunização será restrita a grupos prioritários:
- Idosos com 60 anos de idade ou mais
- Crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias
- Gestantes
- Puérperas
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Pessoas em situação de rua
- Professores do ensino básico e superior
- Trabalhadores da Saúde
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de Transporte Coletivo Rodoviário Passageiros Urbano e de Longo Curso
- Trabalhadores Portuários
- Forças de Segurança e Salvamento
- Forças Armadas
- Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade
- População privada de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
- Povos Indígenas
As pessoas portadoras de doenças crônicas devem comparecer a um local de vacinação com documentos que comprovem a condição clínica. Já as pessoas dos grupos de profissões previstas precisam comprovar a ocupação profissional com crachá ou contracheque, dentre outros documentos que possam identificar o trabalhador.
Todas as pessoas devem comparecer a um local de vacinação com caderneta de vacinação e documento de identificação.