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Juros do Cartão de Crédito disparam em Março, após período de queda

Foto Governo do Brasil

Após dois meses consecutivos de redução, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito teve uma alta significativa em março, alcançando 421,3% ao ano, o maior patamar desde o início de 2024. Este aumento de 9,4 pontos percentuais de fevereiro para março foi destacado nas Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas pelo Banco Central.

Impacto no Orçamento do Consumidor

Na prática, essa elevação significa que uma dívida no cartão de crédito de R$ 800, feita no início do ano anterior, exigiria do consumidor um pagamento de R$ 4.170,40 para ser liquidada um ano depois, refletindo um aumento considerável na carga financeira para os usuários.

Limites de Juros do Cartão de Crédito

Em uma tentativa de controlar esses juros exorbitantes, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu um limite máximo de 100% ao ano para as taxas de juros do rotativo, uma regra que passou a valer para dívidas contraídas a partir de janeiro deste ano. Com essa nova norma, o valor total que um consumidor pode ser cobrado em uma dívida de R$ 200, por exemplo, não pode ultrapassar R$ 400.

Juros do Cheque Especial Também em Foco

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Enquanto os juros do cartão de crédito subiram, o cheque especial, outra forma de crédito notoriamente cara, apresentou um aumento de 4,5 pontos percentuais, atingindo 127,6% ao ano em março. Uma dívida mantida por um ano nesta modalidade cresceria para R$ 1.820,80.

Alternativas de Crédito Mais Acessíveis

Frente a esses juros elevados, muitos consumidores têm buscado alternativas como o empréstimo consignado, que tem taxas mais baixas devido ao desconto direto na folha de pagamento. Em março, a taxa de juros do consignado recuou 0,3 ponto percentual, marcando 23,5% ao ano, a menor desde fevereiro de 2022. Para beneficiários do INSS, a taxa é ainda menor, em 22,4% ao ano.

Contexto Econômico

Essas variações nos juros ocorrem em um momento de cortes sucessivos da taxa Selic, que recentemente foi reduzida em 0,5 ponto percentual, alcançando 10,75% ao ano. Essa mudança nos juros básicos da economia pode influenciar diretamente as taxas cobradas ao consumidor final.