Devo correr para me aposentar antes da Reforma da Previdência do INSS?
Resposta: Não, não é necessário correr, afirma a advogada especializada em Previdência Marta Gueller.
“Para quem já tem o direito adquirido à aposentadoria, mas não exerceu porque está esperando ter melhores condições de aposentadoria, seja para receber um benefício melhor com menor incidência do fator previdenciário ou para conseguir completar a regra 86/96 e não ter incidência alguma do fator, ainda que a reforma seja aprovada, não muda nada para quem já conquistou o direito”, explica.
Por que não pedir agora?
A advogada lembra que se o futuro aposentado correr e pedir o benefício e depois descobrir que teria sido mais vantajoso esperar, não haverá mais o que fazer, porque não existe a desaposentação. “uma vez que o benefício foi concedido, o INSS só muda se for comprovado que houve erro no cálculo”, diz.
Outro aspecto que conta contra pedir a aposentadoria agora é que, justamente por conta do medo das pessoas, as agências estão lotadas e a chance de algo dar errado é grande. “Não há porque correr”, diz.
O que fazer?
Marta Gueller recomenda que a pessoa já vá juntando toda a documentação que comprove quanto tempo tem de trabalho, como extrato do CNIS, carteira de trabalho, documentação que comprove trabalho que permita aposentadoria especial.
Compare com o que está registrado nos órgãos oficiais e veja se não falta nada.
Feito isso, poderá aguardar como vai ser a reforma da Previdência e, se os novos termos não forem vantajosos, poderá optar por aquele a quem já tem direito nos termos da atual legislação. Fonte R7
Governo detalha a proposta de reforma da Previdência
RESUMO
- Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, foram ao Congresso para entregar a proposta.
- Idade mínima de aposentadoria será de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, após 12 anos de transição. Não haverá regra de aposentadoria exclusiva por tempo de contribuição.
- Idade mínima para trabalhador rural será de 60 anos, para homens e mulheres. Hoje, a delas é 55.
- Forma de contribuição mudará: as alíquotas serão progressivas, de acordo com a faixa salarial. A menor será de 7,5%, para quem ganha salário mínimo.
- Governo prevê um regime de capitalização alternativo, mas não divulgou detalhes; tempo de contribuição dos militares passa de 30 para 35 anos e pensionistas terão de contribuir. Fonte G1