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Diretoria do “Oscar” da França renuncia após polêmica envolvendo Polanski

PARIS (Reuters) – A diretoria responsável pela premiação francesa equivalente ao Oscar norte-americano renunciou nesta quinta-feira após semanas de polêmicas envolvendo o diretor Roman Polanski, cujo último filme “Um oficial e um Espião” lidera as indicações para a cerimônia de 2020. 

As demissões aconteceram apenas duas semanas antes da premiação do Cesar Awards, que tem 12 indicações para o filme de Polanski sobre Alfred Dreyfus, um oficial judeu francês acusado injustamente de espionagem para a Alemanha nos anos 1890. 

“Para honrar os que fizeram filmes em 2019, para reconquistar serenidade e tornar o festival de cinema uma celebração, o conselho de diretores (da academia de cinema) tomou uma decisão unânime de renunciar”, anunciou a academia francesa de cinema em nota. 

Grupos feministas haviam repudiado as indicações e convocaram um boicote ao filme. Dezenas de personalidades da indústria cinematográfica – incluindo o ator de “X-Men” e “Os Intocáveis” Omar Sy e Berenice Bejo, do filme “O Artista” de 2011 – denunciaram a “opacidade” da academia em uma carta aberta.

Polanski lançou seu novo filme na França no ano passado apenas dias após uma atriz francesa acusá-lo de estupro em 1975, quando ela tinha 18 anos, durante viagem de ski em Gstaad, na Suíça. 

Polanski, que agora tem 86 anos, nega a acusação. 

O diretor franco-polonês fugiu dos Estados Unidos após se declarar culpado em 1977 de ter feito sexo com uma menina de 13 anos em Los Angeles.

(Reportagem de Michel Rose)

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