Açúcar bruto toca mínima de 7 semanas na ICE; café arábica dispara
LONDRES (Reuters) – Os preços do açúcar bruto na ICE atingiram uma mínima de sete semanas nesta segunda-feira, com fundos diminuindo posições compradas conforme a disseminação do coronavírus em todo o mundo reduz o apetite por ativos de risco.
AÇÚCAR
* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,33 centavo de dólar, a 13,81 centavos de dólar por libra-peso, depois de tocar uma mínima de sete semanas de 13,77 centavos.
* “Temos de assumir que o modo ‘sem riscos’ continuará por algum tempo e, portanto, que as posições compradas vão diminuir”, disse a corretora Marex Spectron em relatório.
* O mercado, entretanto, segue apoiado pela diminuição das ofertas.
* A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estima um déficit de 9,44 milhões de toneladas para a temporada 2019/20, o maior em 11 anos.
* “Um grande número de observadores já está projetando um novo déficit para 2020/21, embora em menor escala”, disse o Commerzbank em nota.
* O açúcar branco para maio recuou 4,7 dólares, para 391,90 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O contrato maio do café arábica fechou em alta de 4,25 centavos de dólar, a 1,1560 dólar por tonelada, após atingir uma máxima de seis semanas de 1,1780 dólar.
* Operadores disseram que o mercado tem sido impulsionado pelo aperto das ofertas no mercado físico.
* Houve também rumores de que a safra deste ano no Brasil, maior produtor mundial, poderia não ser tão grande quanto anteriormente projetado, embora um relatório divulgado pelo Rabobank afirme que o tamanho da safra do arábica no país é “surpreendentemente grande”.
* O Rabobank estimou a safra brasileira 2020/21 em 67,5 milhões de sacas de 60 kg, incluindo um recorde de 49 milhões de sacas de arábica.
* O café robusta para maio avançou 8 dólares, para 1.291 dólares por tonelada.
(Por Nigel Hunt)
