Asia

China aumentará ajuda financeira para regiões atingidas pelo coronavírus

Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) – A China aumentará a ajuda financeira para organismos de governos locais para garantir o bom andamento das operações conforme o surto de coronavírus afeta suas fontes de receita, disse o vice-ministro das Finanças, Xu Hongcai, nesta quinta-feira.

O Ministério das Finanças está acelerando transferências, particularmente em regiões atingidas duramente pelo vírus, para garantir as operações normais de governos locais e os pagamentos de salários, disse Xu em uma coletiva de imprensa.

A pasta atenderá as necessidades de financiamento da província central de Hubei, o epicentro do surto, já que suas receitas encolheram e a região só teve receitas “esporádicas” em fevereiro, explicou Xu.

“Algumas outras áreas com uma situação epidêmica mais grave também sofrem quedas de receita periódicas. Para evitar problemas, precisamos adotar precauções”, acrescentou.

Mas ele acredita que a pressão na posição fiscal do governo se amenizará à medida que a economia se recuperar.

Governos chineses de todos os níveis alocaram fundos equivalentes a 110,48 bilhões de iuanes (16 bilhões de dólares) para combater o surto de coronavírus até quarta-feira, incluindo 71,43 bilhões de iuanes já utilizados, disse Xu.

A partir de março, o Ministério das Finanças começou a providenciar apoio financeiro semanal para Hubei, e 35 bilhões de iuanes já foram destinados na primeira semana, sempre segundo o titular da pasta.

Os grandes cortes de impostos da China, concebidos para estimular a economia em desaceleração, já abalaram as receitas de governos provinciais endividados, e regiões pobres do oeste são as que mais sofrem com o aperto orçamentário, mostrou uma análise da Reuters.

Indagado se a China aumentará o déficit orçamentário neste ano, Xu respondeu que o governo teria que analisar vários fatores, como o desempenho econômico, a receita fiscal e as despesas.

Especialistas em políticas de governo disseram que um gasto governamental maior pode empurrar o déficit orçamentário para 3% do PIB neste ano, em comparação com 2,8% em 2019. Alguns economistas chineses pediram que a proporção do déficit suba para um pouco mais de 3%.

Xu disse que Pequim adotará medidas específicas e graduais para ajudar os setores prejudicados pelo vírus, mas não entrou em detalhes.

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