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Montadoras adotam desinfecção hospitalar para reabrir suas lojas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não basta reabrir as concessionárias, é preciso criar ambientes à prova de vírus e bactérias, que estimulem consumidores a sair de casa para comprar um carro novo ou levar o atual à oficina.
Esse é trabalho desenvolvido por revendedores e montadoras após quase três meses de portas fechadas e queda de 75% nas vendas. Nesta sexta (5), concessionárias foram autorizadas a reabrir em São Paulo com restrições.
Agora, estratégias comerciais do passado dão lugar a uma competição pelo espaço mais limpo e atraente. A higienização, que vai muito além de água e sabão, começa nos carros e passa para as lojas.
Segundo Ricardo Takahashi, diretor da Brazzo, fabricante de produtos para limpeza de veículos, o serviço completo de higienização de um automóvel leva de 40 a 60 minutos. Pode ser necessário desmontar algumas partes do veículo —por exemplo, retirar revestimentos plásticos para acessar o filtro e a caixa evaporadora do ar-condicionado.
O serviço considerado mais eficiente utiliza um equipamento eletrônico que cria uma nuvem de ozônio na cabine, capaz de eliminar vírus, fungos e bactérias.
Essa limpeza, chamada oxi-sanitização, já era oferecida antes da pandemia em concessionárias e lojas especializadas, sendo indicada em caso de mau cheiro na cabine.
O procedimento foi adotado pela rede da Hyundai Motor Brasil. O serviço, que já é feito nos carros em exibição, está sendo oferecido aos clientes por R$ 99 até 31 de julho. O preço normal para o modelo compacto HB20 é R$ 270.
Luiz Estrozi, diretor-adjunto de pós-venda da montadora, diz que os proprietários que têm levado seus carros para a revisão só querem saber o que é feito para higienizar o veículo, nem perguntam pelo que é realizado na manutenção.
O programa chamado Hyundai Protege inclui ainda a sanitização das baias de atendimento nas lojas. Estrozi diz que os clientes precisam agendar a visita para que a área seja preparada para recebê-los.
A Volkswagen também oferece oxi-sanitização na rede concessionária e dá instruções para que os donos possam manter seus veículos higienizados em casa.
A marca recomenda o uso de sabão incolor próprio para as partes plásticas do veículo e descarta a limpeza com álcool, que pode causar manchas e degradação do material.
A Ford investe em um programa mais profundo de desinfecção dos carros e das lojas. Para isso, usa produtos químicos da 3M que são empregados nas UTIs hospitalares. O serviço é estendido aos veículos que a marca cedeu à Cruz Vermelha Brasileira durante o combate da pandemia.
Para que não houvesse prejuízo a acabamentos do carro, o departamento de engenharia da marca teve que homologar os detergentes usados.
O higienizador é aplicado em 50 pontos de contato na cabine. O procedimento está sendo oferecido para clientes da oficina e custa R$ 129.
Os carros expostos no showroom da Ford são higienizados cada vez que alguém entra na cabine. Todo o ambiente das lojas passa por limpeza constante –até as canetas usadas para assinar contratos são desinfetadas e entregues em sacos plásticos.

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