Economia

Airbus mira corte de milhares de empregos, presidente confirma queda de 40% na produção

Por Tim Hepher e Johanna Decorse

PARIS/TOULOUSE (Reuters) – A Airbus está finalizando um plano de reestruturação que deve incluir milhares de demissões e o presidente-executivo do grupo europeu de aviação afirmou nesta segunda-feira que companhia vai manter a produção 40% abaixo do previsto por dois anos.

A empresa poderá definir o maior plano de reorganização da história do grupo até quarta-feira, disseram fontes sindicais antes das reuniões no início desta semana com a Airbus, que não quis comentar.

A Airbus precisa agir rapidamente para compensar os prejuízos causados pela queda de cerca de 40% de seus negócios na área de aviação durante a pandemia de coronavírus, afirmaram fontes do setor.

A empresa afirmou que anunciará seus planos de cortes de pessoal até o final de julho, mas precisa informar sindicatos e governos sobre qualquer grande reformulação antes de um “período de silêncio” de duas semanas antes da divulgação dos resultados em 30 de julho.

O presidente-executivo, Guillaume Faury, estabeleceu um cenário sombrio quando confirmou em uma entrevista em um jornal alemão que a Airbus está se preparando para uma queda de 40% na produção de aviões por dois anos.

“Nos próximos dois anos – 2020/21 – assumimos que a produção e as entregas serão 40% menores do que o planejado originalmente”, disse Faury ao Die Welt.

A Reuters informou em 3 de junho que a Airbus estava prevendo uma queda de 40% na produção de jatos por dois anos em relação a planos de antes da pandemia como base para qualquer reestruturação. Até agora, a empresa afirmava que estava cortando um terço da produção, em média.

Fontes previram cortes em fases de 14 mil a 20 mil empregos com base na meta de produção, que leva em conta o número de funcionários necessários para montar diferentes tipos de aviões.

Faury não comentou planos de reestruturação específicos, mas disse que a empresa tentará todas as alternativas para reduzir custos.

“É um fato brutal, mas devemos fazê-lo. É sobre o ajuste necessário à enorme queda na produção. É sobre garantir nosso futuro”, disse Faury ao jornal Die Welt.

((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))

REUTERS PS AAJ

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