Internacional

Trump posta vídeo de casal apontando armas em direção a manifestantes

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou nesta segunda-feira um vídeo mostrando um casal do Estado do Missouri carregando armas e apontando em direção a manifestantes que pediam reformas policiais.  

Sem comentar o vídeo, Trump retuitou um vídeo da rede ABC News que mostra um casal branco respondendo a manifestantes negros e brancos que marchavam próximos à sua mansão na cidade de St. Louis. No vídeo e em outros nas redes sociais, alguns manifestantes podem ser vistos parando para fotografar ou filmar o casal, enquanto outros são ouvidos gritando “Continuem andando!” e “Vamos!”.

Mark McCloskey, 63, que vive na mansão com sua esposa, Patricia McCloskey, disseram temer por suas vidas e afirmaram que os manifestantes danificaram um portão de ferro forjado na entrada. Os dois são advogados de danos pessoais. 

“Isso tudo é propriedade privada”, disse em entrevista com a rede local KMOV4. “Não há calçadas ou ruas públicas. Eu estava aterrorizado com medo de que poderia ser assassinado em segundos, que nossa casa poderia ser queimada, nossos animais de estimação assassinados. Estávamos completamente sozinhos enfrentando uma multidão enfurecida”. 

Kimberly Gardner, procuradora-chefe do município, disse que ficou assustada com os vídeos e disse que seu gabinete estava investigando o incidente. 

“Precisamos proteger o direito de protestar de maneira pacífica, e qualquer tentativa de intimidação ou de ameaça letal não será tolerada”, disse a procuradora em nota. 

Os manifestantes estavam se dirigindo à casa da prefeita de St. Louis, Lyda Krewson, para exigir sua renúncia após ela ter lido em uma transmissão ao vivo pelo Facebook os nomes e endereços de pessoas que pediam por reformas policiais. Krewson pediu desculpas e retirou o vídeo de sua página. 

No domingo, Trump atraiu críticas por ter retuitado um vídeo de um de seus apoiadores na Flórida gritando “Poder branco”, uma frase usada por grupos de supremacistas brancos. O vídeo foi depois apagado. A Casa Branca afirmou que Trump não havia escutado o slogan no vídeo.

(Reportagem de Susan Heavey)

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