Cultura

Confira dez trilhas sonoras essenciais para conhecer Ennio Morricone

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morto nesta segunda-feira (6), aos 91 anos, o italiano Ennio Morricone criou, ao longo de suas mais de sete décadas de carreira, algumas das trilhas sonoras mais icônicas do cinema.
De acordo com seu currículo no site especializado Internet Movie Database, Morricone é creditado por composições em mais de 500 obras cinematográficas e televisivas.
Para além da parceria com Sergio Leone nos spaghetti western -o faroeste à italiana-, o compositor esteve envolvido em clássicos como “Cinema Paradiso” e recebeu seu único Oscar competitivo pelo trabalho em “Os Oito Odiados”. O longa foi dirigido por Quentin Tarantino, que com frequência utilizava suas músicas em seus filmes.
Um dos compositores mais influentes da história do cinema, Morricone deixa como legado uma obra rica e que se prendeu ao imaginário dos fãs de cinema. Conheça abaixo seus dez trabalhos mais icônicos.

Por Um Punhado de Dólares
O filme de 1964 marcou o início da parceria entre Morricone e o cineasta italiano Sergio Leone. Juntos, ajudaram a moldar o que ficaria conhecido como spaghetti western, que tem como um de seus pilares a Trilogia dos Dólares, da qual também fazem parte “Por uns Dólares a Mais” e “Três Homens em Conflito”. A trama lançou Clint Eastwood ao estrelato, graças ao papel de pistoleiro que chega a uma cidadezinha no oeste americano controlada por duas famílias rivais.

Três Homens em Conflito
Ao finalizar a Trilogia dos Dólares em 1966, o filme mostrou a disputa por uma fortuna em ouro enterrada em um cemitério. Morricone ganhou sua primeira indicação ao Grammy pelo tema do longa e a trilha sonora permaneceu por mais de um ano no ranking da Billboard. A banda Metallica usa, até hoje, uma das canções para abrir alguns de seus shows.

1900
Dirigido por outro mestre do cinema italiano, Bernardo Bertolucci, em 1976, o filme é narrado pelo olhar de dois amigos de infância que seguem caminhos ideologicamente opostos. Morricone deu um tema à luta de classes ao sonorizar essa história sobre uma Itália desfacelada pelas desigualdades e os radicalismos das primeira décadas do século 20.

Era uma Vez na América
Mais uma vez ao lado de Leone, o compositor italiano ajudou a criar, em 1984, um dos maiores clássicos do cinema mundial. Por uma questão técnica, Morricone não pode ser indicado ao Oscar pela trilha, o que muitos consideram uma injustiça. Ele venceu, no entanto, o Bafta da categoria e foi indicado ao Globo de Ouro.

A Missão
Dirigida por Roland Joffé em 1986, a coprodução entre França e Reino Unido mostra um grupo de jesuítas espanhóis que tentam proteger uma aldeia na América do Sul de escravagistas portugueses. A trilha foi indicada ao Oscar no que se tornou uma das mais controversas premiações da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que deu a estatueta a “Por Volta da Meia-Noite”. Morricone chegou a dizer que a decisão foi um “roubo”, já que o filme rival usava temas pré-criados na trilha.

Os Intocáveis
Mais um filme em que Robert De Niro atuou ao som de Morricone. Dirigida por Brian De Palma em 1987, a trama mostra um agente federal que tenta pôr um fim na rede de crimes do mafioso Al Capone.

Cinema Paradiso
Umas das mais queridas criações de Morricone, a trilha sonora foi composta para o drama de Giuseppe Tornatore de 1988. As músicas são marcadas pela sensibilidade e uma delas teve participação do filho do italiano, Andrea Morricone. Os dois foram agraciados com um Bafta pelo trabalho.
Ata-me Morricone também enriqueceu o universo do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, em 1989. O longa acompanha um jovem obcecado por uma atriz de filmes pornôs.

A Lenda do Pianista do Mar
Morricone voltou a trabalhar com Giuseppe Tornatore em 1998, neste filme sobre um prodígio da música, e recebeu um Globo de Ouro pelo trabalho.

Os Oito Odiados
Muitos cinéfilos consideram que justiça foi feita na cerimônia do Oscar de 2016, quando Morricone levou sua primeira estatueta competitiva para casa, depois de cinco indicações e um Oscar honorário. O longa de Quentin Tarantino homenageou os faroestes ao acompanhar um caçador de recompensas que fica preso com seu prisioneiro em uma cabana, durante uma nevasca.

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