Asia

México reduz meta de compra de vacina contra Covid-19 da CanSino

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – O governo do México aventou nesta quinta-feira a possibilidade de comprar muito menos doses da vacina contra Covid-19 da CanSino Biologics Inc do que o total de 35 milhões anunciado na semana passada pelo ministro das Relações Exteriores do país.

O vice-ministro da Saúde, Hugo López-Gatell, a autoridade governamental mais graduada da reação à pandemia, disse à W Rádio que a quantidade de vacinas que o México almeja comprar da farmacêutica chinesa CanSino fica entre 10 milhões e 35 milhões de doses.

No momento em que a busca por suprimentos de vacina se acelera globalmente, López-Gatell não explicou por que o governo pode comprar muito menos do que o planejado, dizendo que este pretende acertar seu contrato com a CanSino na semana que vem.

López-Gatell também sublinhou que o governo está prestes a assinar outro contrato de vacina com a Janssen, uma unidade da Johnson & Johnson, para possíveis 22 milhões de doses.

Na semana passada, o chanceler Marcelo Ebrard disse que o acordo com a CanSino garantiria 35 milhões de doses da vacina da empresa.

Nesta semana, Ebrard disse que ao menos cinco farmacêuticas fizeram propostas de vacinas contra Covid-19 ao México com datas de chegada já para o mês que vem.

O México também tem acordos mais firmes com a AstraZeneca, com o programa Covax apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a norte-americana Pfizer, que agora tem aprovação regulatória para sua vacina no país e pode começar a entregá-la já na semana que vem.

Os testes da vacina da CanSino no México estão em estágio avançado, a última etapa antes da certificação das autoridades de saúde. O objetivo da empresa é recrutar 15 mil voluntários mexicanos para concluir os estudos, mas atualmente só conta com 6.500. O tamanho total do teste é de 40 mil voluntários.

A contagem oficial do governo mostra que as fatalidades devido ao coronavírus ultrapassaram 115.000 na quarta-feira, o quarto maior número de mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

(Por Raul Cortes Fernandez, Adriana Barrera e Cassandra Garrison)

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