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Palmeiras faz drama virar noite épica e tira lição para final da Libertadores

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Assim que o árbitro uruguaio Esteban Ostojich apitou o fim de partida nesta terça-feira (12), os jogadores do Palmeiras desabaram no gramado do Allianz Parque, aliviados e exaustos.

Classificados para a final da Copa Libertadores, eles viram uma partida em que foram amplamente dominados pelo River Plate (ARG) terminar em uma noite épica, que fez a comemoração rolar até durante a madrugada na região do estádio.

A derrota por 2 a 0 acabou barata em um jogo no qual o Palmeiras não encontrou respostas para o River. Ofensivamente, praticamente não conseguiu chegar à meta do goleiro Armani.

Defensivamente, sofreu 23 finalizações e viu o VAR (árbitro de vídeo) anular o terceiro gol dos argentinos, que levaria a decisão para as penalidades máximas, além de um pênalti em Suárez —ambas as decisões acertadas.

A maior parte das perguntas feitas após confronto tinha o mesmo objetivo: entender os motivos de o Palmeiras, que foi tão bem e venceu na Argentina por 3 a 0, ter sido massacrado em sua casa.

Para o técnico Abel Ferreira, a parte mental influenciou na atuação. Com os 2 a 0 antes do intervalo, a tentativa foi de apenas segurar a vantagem que ainda daria a vaga na final.

Já o zagueiro Luan, depois de garantir a ida para a decisão, preferiu deixar as análises para o dia seguinte e comemorar o feito. Não negou, contudo, que passou por um dos jogos mais dramáticos de sua carreira.

“Eu já joguei algumas, mas foi uma das mais difíceis: duas grandes equipes, semifinal da Libertadores, graças a Deus passamos. Foi difícil, a gente sabe, e com certeza milhões de palmeirenses vão dormir felizes. Isto nos dá prazer, satisfação, ver o sorriso das famílias, dar um abraço, um beijo. Independentemente do que aconteceu no jogo, tentamos fazer o melhor e não estávamos em uma grande noite. Lutamos até o fim e estamos classificados. A partir de amanhã (quarta-feira) vamos avaliar”, afirmou.

Os momentos que pareceram dar força ao Palmeiras foram curiosamente aqueles em que não estavam sob seu controle: as participações do VAR. Ao anular o gol de Montiel e reverter o pênalti em Suárez era possível ouvir o público que se aglomerou nas ruas ao redor da arena, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

Neste cenário, em que o Palmeiras conseguia apenas lutar para não sofrer o terceiro, Luiz Adriano roubou a cena. Normalmente um centroavante que pouco se movimenta, tornou-se quase que um meia pela direita para fechar espaços perto da área do Palmeiras. Até bico para o alto ele deu, depois de ter sido peça fundamental na vitória da ida que garantiu a classificação.

Ainda que tenha sido mais difícil do que se esperava, tirar a equipe que é considerada atualmente a melhor da América do Sul é algo que o Palmeiras entende ser capaz de amadurecer os mais jovens, que podem ter sentido o peso do jogo.

Daqui a duas semanas, no dia 30, o time alviverde irá em busca da glória eterna, como dizia o mosaico na arena. E sabe que terá de ter uma postura bem diferente para conquistar o bicampeonato da maior competição do continente.

“O River porventura tem um treinador melhor que eu, porventura tem jogadores com mais tarimba, mas para adquirir experiência, temos de sentir, passar (por situações), é o que nos faz crescer. Subimos a montanha, vimos a vista, é muito boa, vamos ter tempo, agora é hora de descer e recuperar os jogadores”, avaliou Abel Ferreira.

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