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Brasil cobra a China para a liberação de insumos para vacina do Coronavac

Brasil cobra a China para a liberação de insumos para vacina do Coronavac. O governo de São Paulo aguarda para a manhã desta quarta-feira (20) uma resposta do governo da China sobre a liberação de mais insumos para a produção da vacina Coronavac, segundo o governador João Doria (PSDB), que participou do início da vacinação no interior do estado.

Doria esteve no Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) na tarde desta segunda-feira (18) para acompanhar a imunização por lá.

O governador informou que o Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac, renovou nesta segunda-feira (18) um pedido de agilidade para o envio dos insumos. Ao todo, o governo de São Paulo contratou 46 milhões de doses.

Além dos 6 milhões de doses liberadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), outro pedido para liberação de mais 4,8 milhões de doses já em solo brasileiro foi feito à Anvisa.

“Tenho segurança, dada a reunião que foi realizada ontem [domingo], da forma transparente que a Anvisa adotou para o procedimento de análise e de voto, que haverá um voto positivo também para a homologação dessas outras 4,8 milhões de doses”, afirmou.

Assim que liberada a licença, diz, o Butantan pode envasar um milhão de doses por dia e entregar imediatamente para vacinação.

Doria também desconversou sobre críticas de governadores por ter iniciado a vacinação antes dos outros estados. Conforme informado pelo Painel nesta segunda, a decisão de João Doria de aplicar a primeira vacina neste domingo (17) gerou mal-estar entre os demais governadores.

O governador paulista disse que recebeu mensagens de agradecimentos de 14 governadores nesta segunda-feira pela manhã. “Agradeceram o apoio, a iniciativa e a disponibilidade da vacina. Portanto, a relação [com os governadores] é a melhor possível”.

Doria ainda negou que tenha antecipado a agenda eleitoral de 2022, ao dirigir críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele disse que o momento não é hora de falar em processo eleitoral, de eleição e nem mesmo de política. “É hora de falar de vacina. [Falar de] 2022, em 2022.”

O HC de Campinas é um dos seis hospitais de referência do estado com prioridade para a vacinação de profissionais. Além dele, também foram priorizados os HCs da capital e Ribeirão Preto, ligados à USP, de Botucatu (Unesp), de Marília (Famema) e o Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

Segundo o governo estadual, as unidades foram selecionadas para a fase inicial porque são hospitais-escola regionais, com maior fluxo de pacientes em suas áreas de atuação, e totalizam 60 mil trabalhadores.

A primeira vacinada na Unicamp foi a técnica em enfermagem Liane Santana Mascarenhas, 48, nascida na Bahia e que vive em Campinas há mais de 20 anos. Ela trabalha no HC e no hospital da PUC-Campinas e disse que foi avisada que seria a primeira a receber a dose pela manhã, poucas horas antes da cerimônia.

“Sou da ala de moléstias infecciosas que virou ala de Covid. Cada dia é uma luta”, afirmou ela, que vive com o marido e há um ano se isolou do resto da família. “Fiquei muito emocionada por receber a vacina, agora estou em paz.”

Em Campinas, que está na fase amarela do Plano São Paulo, cerca de 15 mil profissionais de saúde na linha de frente do combate à Covid-19 serão os primeiros a tomar a vacina.

Esse número não inclui os servidores da saúde da Unicamp, que receberão as doses diretamente do governo do Estado. Na universidade, serão imunizados 2 mil funcionários da linha de frente da saúde.

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