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Em reformulação, Botafogo faz jogo duro para solucionar saídas de jogadores

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A mudança de postura do Botafogo não atinge apenas as negociações por reforços, mas também a análise para possíveis despedidas do elenco. Em meio à reformulação, a diretoria vem adotando um jogo mais duro nas conversas com clubes interessados em peças do grupo.

A ideia da cúpula é que, diante de uma crise financeira e a necessidade de mudanças no plantel, os negócios possam ter bom custo-benefício e sem consequências negativas futuras. Essa, inclusive, é uma das teclas que a atual gestão tem batido: cautela para evitar prejuízos à frente.

Na terça-feira (6), foram concedidas férias a seis jogadores que não fazem mais parte dos planos, dentre eles, o atacante Lecaros. O peruano tinha conversas para um empréstimo junto ao Avaí, mas o Botafogo recuou após o clube catarinense querer uma divisão no que diz respeito ao pagamento dos salários.

Um exemplo recente, e de talvez maior cartaz, dessa postura no mercado foi o atacante Matheus Babi, alvo de Fluminense e Athletico-PR. Apesar das investidas do rival tricolor, que chegou a um acordo com o jogador, as tratativas com o Botafogo não avançaram, e o camisa 11 está próximo do clube paranaense, que apresentou proposta considerada melhor em termos financeiros.

O zagueiro Kanu, por sua vez, permanece em General Severiano após o Botafogo recusar duas propostas do São Paulo. À época, um entrave nas negociações foi que o time tricolor quis incluir no valor a pagar uma parcela da dívida que os cariocas têm, o que não agradou à cúpula botafoguense e afastou a chance de acordo.

O zagueiro Marcelo Benevenuto, recentemente emprestado ao Fortaleza, terá os salários pagos integralmente pelos cearenses, o que representa um alívio na folha alvinegra.

Em relação às vendas concretizadas, o Botafogo recusou proposta inicial do Kashiwa Reysol, do Japão, pelo atacante Pedro Raul. Os japoneses tentaram, primeiramente, empréstimo com opção de compra, mas acabaram, posteriormente, concretizando a negociação por US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,7 mi).

A transação, inclusive, também evitou que o Botafogo evitasse a obrigatoriedade de comprar os 70% dos direitos econômicos, que pertenciam ao próprio atacante, por 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 9,6 mi).

No caso de Caio Alexandre, também houve cuidado nas negociações que fizeram o volante desembarcar no Vancouver Whitecaps, do Canadá. Na despedida, o jogador lamentou a saída, mas ressaltou entender que era uma negociação que ajudaria o time alvinegro.

Uma das grandes contratações do Botafogo em 2020, ao lado do meia japonês Honda, o atacante marfinense Salomon Kalou teve o contrato rescindido no fim da última semana.

O jogador, que tinha salários considerados fora da realidade financeira do clube, vinha sendo “pedra no sapato” em meio à reformulação, mas as partes conseguiram chegar a um denominador comum.

Já o zagueiro Joel Carli retornou ao Botafogo para a temporada de 2021 para reforçar o elenco e evitar que o clube adquirisse uma dívida ainda maior. Dispensado no meio do ano passado pelo então Comitê Gestor de Futebol, o argentino tinha valores a receber e não houve acordo com o clube.

Ele, então, acionou a Justiça. Neste cenário, ainda com Túlio Lustosa como diretor de futebol, o clube alvinegro retomou contatos, e chegou-se a um denominar comum, que culminou na volta dele a General Severiano.

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