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Max Mosley, ex-presidente da FIA, morre aos 81 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) por 16 anos (de 1993 a 2009), Max Mosley morreu nesta segunda-feira (24), aos 81 anos, em sua casa no bairro de Chelsea, em Londres, na Inglaterra.

A informação sobre a morte do britânico foi veiculada por diversos jornais da Inglaterra, como o Guardian, o The Sun e o Daily Mail, e confirmada por Bernie Ecclestone, ex-chefão da F-1, à BBC Sport. A causa da morte não foi confirmada.

“É como perder um familiar, um irmão. Ele fez muitas coisas boas, não apenas no automobilismo, mas também na indústria automotiva. Ele foi muito bom para fazer as pessoas construírem carros mais seguros”, afirmou Ecclestone.

Max Rufus Mosley era advogado e filho de Oswald Mosley, líder do partido fascista inglês, um importante aliado de Adolf Hitler.

Como presidente da FIA, o ex-dirigente teve forte atuação na implementação de várias mudanças na F-1 para aumentar a segurança dos veículos e dos autódromos, principalmente após a morte do brasileiro Ayrton Senna, em 1994.

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Em 2008, seu poder dentro da entidade começou a ruir após ser divulgado que ele teria participado de orgias com garotas de programa, com os envolvidos usando roupas de conotação nazista.

Supostas imagens de Mosley vestido como um oficial nazista foram divulgadas pelo tabloide News of the World. O britânico processou o jornal e ganhou a causa, mas a pressão para que ele deixasse o cargo na FIA acabou se tornando insustentável.

Antes do fim de sua gestão na FIA, quando ele passou o bastão para Jean Todt, o dirigente ainda entrou em um embate com as equipes de F-1 para estabelecer um teto de gastos na categoria, algo que só após muita discussão passou a vigorar apenas a partir da atual temporada.

O britânico foi também um dos donos da equipe March e teve participação na consolidação da associação das equipes, batizada de Foca(The Formula One Constructor´s Association), liderada por ele e Ecclestone.