Economia

Light, Cemar e Celpa compram energia renovável; deságio no A-3 atinge 30,8%

As distribuidoras Light, Cemar e Celpa foram compradoras de energia renovável em leilões A-3 e A-4 nesta quinta-feira, que registraram deságios no preço médio de 30,8% e 28,8%, respectivamente, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os leilões, que preveem início da entrega de energia em janeiro de 2024 e 2025, movimentaram quase 6 bilhões de reais, contratando projetos eólicos, hidrelétricos, solares e de geração com biomassa de cana-de-açúcar –os contratos têm duração de 20 e 30 anos.

Os investimentos decorrentes dos dois certames são estimados em cerca de 4 bilhões de reais.

No A-3, os projetos eólicos tiveram potência contratada de 251,7 MW, empreendimentos estes que demandarão investimentos de cerca de 1 bilhão de reais. Além disso, o certame negociou projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com potência contratada de 35,25 MW, que demandarão investimentos de 242,7 milhões de reais.

Os projetos solares do A-3 tiveram contratação de potência de 169,3 MW, com investimentos de 619 milhões de reais, enquanto usinas de biomassa de cana tiveram contratação de 91,14 MW, com investimentos de 314 milhões de reais.

No A-4, com fornecimento de energia a partir de quatro anos, os empreendimentos eólicos também foram os destaques em investimentos, somando 750 milhões de reais, com a contratação de 167,8 MW de potência.

O certame, que foi realizado após o evento A-3, contratou ainda centrais hidrelétricas que demandarão investimentos de 515 milhões de reais, com previsão de potência de 77 MW.

Já os projetos solares tiveram 100 MW contratados no A-4, demandando investimentos de 289,4 milhões de reais, enquanto as usinas de energia por bagaço de cana somaram 92,5 MW, com aportes de 296,7 milhões de reais.

COMPRADORES

Cemar e Celpa, do grupo Equatorial, e Light já tinham sido compradoras de leilão de energia existente, ao final de junho.

No A-3 desta quinta-feira, Light ficou com 70,7% do total negociado, seguida por Cemar (20,44%) e Celpa (8,85%).

No A-4, a Light ficou com 88,6% do total negociado, enquanto Celpa adquiriu 11,36%.

(Por Roberto Samora)

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