Brasil

Bolsonaro diz que cubanos pediram liberdade e receberam pancada e prisão

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que o domingo foi um dia triste por causa das manifestações de rua contra o governo de Cuba em várias cidades daquele país e afirmou que os cubanos protestaram para pedir liberdade e receberam como resposta “borrachada, pancada e prisão”.

Bolsonaro criticou ainda os que apoiam os regimes de Cuba e da Venezuela no Brasil e disse que a população brasileira não pensa que o país pode chegar na mesma situação.

“O dia de ontem foi um dia muito triste dado o que aconteceu em Cuba. Muita gente acha que a gente nunca vai chegar lá, que a gente nunca vai chegar à Venezuela, que não vamos ter problemas como estão tendo outros países por aqui”, disse o presidente a apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã.

“Foram pedir quatro coisas: alimento –como é bom o socialismo, lá não falta área para plantar fumo, porque a elite política vive disso–, foram pedir eletricidade –porque o petróleo que ia da Venezuela para lá de graça tá caindo bastante–… e foram pedir, além de alimento e eletricidade, pediram mais uma coisa lá… e por último e quarto lugar pediram liberdade. Sabe o que tiveram ontem? Borrachada, pancada e prisão.”

A terceira coisa que os manifestantes cubanos reivindicaram e que Bolsonaro não se recordou em sua fala foram vacinas contra a Covid-19.

Adotando sua retórica frequente contrária à esquerda, Bolsonaro criticou o apoio que os regimes cubanos e venezuelanos têm no Brasil.

“E tem gente aqui no Brasil que apoia quem apoia Cuba, quem apoia Venezuela”, afirmou. “É sinal que eles estão querendo viver como os cubanos, como os venezuelanos”, acrescentou Bolsonaro, que disse que a pregação de alguns líderes socialistas pela igualdade “é igualdade na pobreza”.

No domingo, Cuba registrou os maiores protestos em décadas contra o governo comunista da ilha, motivados principalmente pela piora da pandemia de Covid-19.

Com gritos de “liberdade” e pedidos pela renúncia do presidente Miguel Díaz-Canel, os protestos aconteceram em meio à pior crise econômica de Cuba desde o fim da União Soviética, sua antiga aliada, e a uma disparada recorde de infecções de coronavírus. Pessoas expressaram revolta com a escassez de produtos básicos, as limitações às liberdades civis e à maneira como as autoridades lidam com a pandemia.

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