Asia

Mudanças climáticas poderia levar a novas datas para grandes eventos, sugere Coe

Por Mitch Phillips

TÓQUIO (Reuters) – As temperaturas cada vez mais altas ao redor do mundo poderiam levar a uma grande reflexão sobre quando grandes eventos esportivos devem ser realizados, afirmou o presidente da federação mundial de atletismo, Sebastian Coe, neste domingo, após mais um dia brutal para os atletas na maratona masculina da Olimpíada Tóquio 2020.

A maratona e a marcha atlética foram transferidas de Tóquio para a cidade de Sapporo, no norte e supostamente mais fresca, mas houve pouco alívio, com temperaturas acima dos 30 graus Celsius mesmo com largadas no começo da manhã.

O calor e a umidade foram uma questão em Tóquio, onde especialmente atletas de resistência – mesmo os que estão acostumados a treinar em climas quentes – passaram por extremas dificuldades.

“Foram condições difíceis e bem possível que tenhamos as mesmas temperaturas em Paris em 2024”, disse Coe.

“Nas seletivas dos EUA em Eugene (sede do Mundial de Atletismo do próximo ano), a temperatura foi acima de 40 graus. É um desafio que todos precisaremos encarar e provavelmente exigirá uma conversa global sobre o calendário e como organizamos eventos”.

“Não sou climatologista, mas a realidade é que, aonde quer que formos, a nova norma é lidar com condições climáticas realmente adversas”.

Os Jogos de Tóquio 1964 foram realizados em outubro, assim como os da Cidade do México em 1968. Seul 1988 e Sydney 2000 foram em setembro, mas o normal para cidades no hemisfério norte tem sido julho ou agosto.

A Copa do Mundo do próximo ano, no Catar, foi transferida do meio do ano para novembro/dezembro para evitar o pior momento de calor.

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