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Exclusivo – EPA deve recomendar mandato de biocombustível nos EUA abaixo de 2020, dizem fontes

Por Stephanie Kelly e Jarrett Renshaw

NOVA YORK (Reuters) – A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) deve recomendar à Casa Branca a redução dos mandatos de mistura de biocombustíveis da nação abaixo dos níveis de 2020, o que seria um golpe para a indústria de combustíveis renováveis, afirmaram nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento no assunto.

Os contratos futuros do óleo de soja negociados na bolsa de Chicago atingiram limite de baixa após a reportagem de que a EPA deve recomendar a redução.

Os mandatos se tornaram uma armadilha política para a administração do Biden, já que as regras normalmente colocam as refinarias de petróleo contra os agricultores e a indústria de biocombustível. Até agora, a administração teve que considerar como lidar com a definição de obrigatoriedade, em meio a uma pandemia mundial e sem irritar as partes.

Com esse plano atual, a EPA está buscando alinhar os mandatos com os níveis reais de produção, que recuaram durante a pandemia do coronavírus. Os mandatos determinam a quantidade de biocombustíveis que as refinarias de petróleo devem misturar em seus ‘mix’ de combustível.

A EPA não fez comentários para este artigo.

De acordo o Padrão de Combustível Renovável dos EUA, as refinarias de petróleo devem misturam milhões de galões de biocombustíveis no ‘mix’ de combustível ou compram créditos negociáveis, conhecidos como RINs, daqueles que misturam. As refinarias também podem aplicar para isenções dos mandatos, caso consigam provar que as obrigatoriedades as prejudicariam financeiramente.

Os mandatos para 2021 já foram adiados em mais de seis meses, devido à pandemia do coronavírus. A administração deve divulgar as propostas para 2021 e 2022 ao mesmo tempo.

Os RINs despencaram nos últimos dois dias com especulações de mercado em torno dos mandatos. Os créditos de combustível renovável (D6) foram negociados em 1,42 dólar cada nesta sexta-feira, abaixo do 1,50 dólar na sessão anterior, segundo traders. No início desta semana, os créditos estavam sendo negociados acima do 1,60 dólar.

(Por Stephanie Kelly e Jarrett Renshaw)

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