Economia

Economista do Tesouro dos EUA vê pressões inflacionárias diminuindo se pandemia recuar

WASHINGTON (Reuters) – As pressões inflacionárias nos Estados Unidos devem diminuir em 2022 devido a demanda mais fraca por bens, redução de gargalos de oferta e a uma pandemia de coronavírus em declínio, disse o principal economista do Tesouro norte-americano nesta segunda-feira.

Em comunicado divulgado juntamente com as estimativas trimestrais de empréstimos do Tesouro, o secretário adjunto de Política Econômica, Ben Harris, disse esperar que os preços de energia se acomodem em 2022, mas que a instabilidade geopolítica pode elevar os preços.

Harris afirmou que o curso da pandemia continua a ser o principal risco negativo para as perspectivas econômicas dos EUA, juntamente com interrupções na cadeia de suprimentos, altos preços de energia e custos de moradia.

Futuras variantes de coronavírus “podem ter sintomas ou taxas de mortalidade piores ou podem ser totalmente resistentes às vacinas atuais e apresentar um risco significativo para as perspectivas econômicas. Por outro lado, dado os níveis de vacinação e de infecção passada, a população dos EUA pode estar se aproximando da imunidade do rebanho”.

Ele também disse que a pandemia continua a colocar em risco a recuperação das cadeias de suprimentos devido aos bloqueios contínuos na China e no sudeste da Ásia, o que pode manter os preços dos produtos elevados.

O potencial de crescimento futuro também depende da recuperação da oferta de mão de obra norte-americana, diminuída pela pandemia, afirmou Harris.

“Se essas perdas na oferta de mão de obra forem permanentes devido à pandemia, o crescimento econômico potencial será reduzido”, disse ele.

Mas Harris destacou que os fortes balanços das famílias foram um suporte positivo para um crescimento mais forte do Produto Interno Bruto (PIB), assim como o investimento em habitação, produção de energia e propriedades comerciais.

Os governos estaduais e locais também veem uma recuperação mais forte do que o esperado nas receitas, reforçada pelos 350 bilhões de dólares do ano passado em fundos de auxílio contra o coronavírus, afirmou Harris.

“No início de 2022, os principais setores de investimento estão prontos para um forte crescimento, apesar das dificuldades contínuas da cadeia de suprimentos e da ameaça de novas variantes da Covid”, acrescentou Harris.

(Por David Lawder e Andrea Shalal)

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