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Macron diz que Putin escolheu sozinho a guerra na Ucrânia

PARIS (Reuters) – O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou nesta quarta-feira as “mentiras” espalhadas pelo governo russo para justificar uma guerra na Ucrânia, mas disse que permanecerá em contato com o presidente Vladimir Putin para tentar obter um cessar-fogo.

Macron, que tem liderado os esforços europeus para evitar a guerra ao visitar Putin em Moscou no mês passado e mediar por telefone contato entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e o líder russo, colocou a culpa das hostilidades no Kremlin.

“Foi sozinho, traindo seus compromissos internacionais um por um, que o presidente Putin escolheu a guerra”, disse Macron em um discurso ao povo francês, saudando Zelenskiy como o rosto da “honra, liberdade e coragem”.

“Esta guerra não é um conflito entre o Ocidente e a Rússia, como alguns gostariam que acreditássemos. Não há base da Otan na Ucrânia. São mentiras. A Rússia não é agredida, é a agressora. Esta guerra não é uma luta contra o nazismo… é uma mentira”, acrescentou Macron.

A Rússia diz que está conduzindo uma “operação militar especial”, destinada a desarmar a Ucrânia e capturar “neonazistas” que Putin diz estarem administrando o país.

Macron, que fez o discurso a menos de dois meses de uma eleição presidencial em que ainda deve declarar sua candidatura, afirmou que continuará defendendo os valores e a posição da França no mundo.

Macron ainda elogiou a coragem dos ucranianos e disse que “os próximos dias provavelmente serão cada vez mais difíceis”.

(Reportagem de Tassilo Hummel e Sudip Kar-Gupta)

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