Central America

Biden concederá à Colômbia status especial de aliada não-Otan após reunião com Duque

Por Steve Holland e Julia Symmes Cobb

WASHINGTON/BOGOTÁ (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao presidente colombiano, Iván Duque, nesta quinta-feira, que planeja designar a Colômbia como uma importante aliada não-Otan, concedendo o status estratégico a um país-chave em uma região turbulenta, conforme os EUA buscam isolar a Rússia.

Em conversas na Casa Branca, Biden e Duque disseram que vão trabalhar para assinar um acordo regional de imigração na Cúpula das Américas, em junho, em Los Angeles. Atualmente, a Colômbia abriga 1,9 milhão de imigrantes da vizinha Venezuela.

O status de importante aliada não-Otan é uma designação concedida pelos Estados Unidos para aliados próximos que têm relações de trabalho estratégicas com Washington, mas não são membros da Otan. A Argentina ganhou esse status em 1998 e o Brasil em 2019.

“A Colômbia é o elemento-chave” no Hemisfério Sul, disse Biden a Duque.

Os dois líderes não deram detalhes sobre a forma do planejamento para imigração. Os Estados Unidos têm passado por dificuldades para lidar com milhares de imigrantes que buscam asilo em sua fronteira sul com o México.

A reunião ocorreu dias após negociações secretas entre autoridades graduadas dos EUA e representantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que promoveram a libertação de dois detidos norte-americanos. A medida levantou suspeitas na Colômbia, que tem relações tensas com a Venezuela.

Não havia nenhum sinal de tensão nos comentários públicos. Ambos os presidentes condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia e Duque disse que a Colômbia está oferecendo assistência aos países daquela região para lidar com as pessoas que fogem da Ucrânia.

“É um momento horrível para o mundo”, disse Duque. “Nada justifica o banho de sangue.”

(Reportagem adicional de Matt Spetalnick)

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