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Otan promete mais ajuda à Ucrânia e começa a planejar “nova realidade”

Por Robin Emmott e Ingrid Melander

BRUXELAS (Reuters) – Os Estados Unidos e outros membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram nesta quarta-feira que continuarão ajudando a Ucrânia a combater a invasão russa, enquanto também adaptam a própria segurança da aliança à “nova realidade” desencadeada pela guerra.

Diplomatas e analistas militares estimam que os aliados da Otan enviaram mais de 20.000 armas antitanque e outras para a Ucrânia desde que a invasão começou em 24 de fevereiro.

“Continuamos unidos em nosso apoio à Ucrânia”, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ao chegar a uma reunião de emergência dos ministros da Defesa da Otan em Bruxelas. “Apoiamos sua capacidade de se defender e continuaremos a apoiá-los.”

Os países da Otan continuarão a entregar armas à Ucrânia, mesmo que essas entregas possam se tornar alvo de ataques russos, disse a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, a repórteres, acrescentando: “A Ucrânia tem o direito de se defender”.

A Ucrânia não é membro da Otan. Embora tenha dito repetidamente que deseja ingressar para se beneficiar de sua proteção, Kiev disse na terça-feira que entende que não tem uma porta aberta para a adesão à aliança e está buscando outros tipos de garantias de segurança.

Os ministros também ouvirão seu colega ucraniano Oleksii Reznikov, que deve pedir mais armas de países individuais da Otan, à medida que os ataques russos às cidades da Ucrânia continuam e os militares russos buscam o controle de Kiev.

Enquanto pelo menos 10 dos maiores Estados-membros da Otan, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França, enviaram mais tropas, navios e aviões de guerra para o flanco leste da aliança e colocaram mais em prontidão, a aliança ainda deve considerar como enfrentar um nova situação de segurança na Europa a médio prazo.

“Precisamos redefinir nossa postura militar para essa nova realidade”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na terça-feira. “Os ministros iniciarão uma importante discussão sobre medidas concretas para reforçar nossa segurança a longo prazo, em todos os domínios.”

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