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Na ONU, Amal Clooney pressiona por justiça para crimes de guerra na Ucrânia

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – A advogada de direitos humanos Amal Clooney cobrou nesta quarta-feira na ONU que países se concentrem na justiça internacional para crimes de guerra na Ucrânia, evitando que evidências fiquem mofando em depósitos, como aconteceu com vítimas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

“A Ucrânia é, hoje, um matadouro. Bem no coração da Europa”, disse Clooney durante uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU sobre responsabilização na Ucrânia, organizada por França e Albânia.

Cloonely lembrou de uma votação do Conselho de Segurança em 2017 para aprovar uma medida que ela ajudou a defender — a criação de uma equipe da ONU para coletar, preservar e armazenar evidências de possíveis crimes internacionais cometidos pelo Estado Islâmico no Iraque. Foi no mesmo ano em que nasceram seu filho e sua filha com o ator norte-americano George Clooney.

“Meus filhos agora têm quase 5 anos, e até agora a maioria das evidências coletadas pela ONU estão em depósitos — porque nenhuma corte internacional julgou o Estado Islâmico”, disse.

O Tribunal Penal Internacional, que lida com crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e crimes de agressão, não tem jurisdição no Iraque e na Síria porque eles não são membros.

Clooney faz parte de uma força-tarefa jurídica internacional aconselhando a Ucrânia para garantir que haja responsabilização às vítimas ucranianas em jurisdições nacionais e trabalhando com o Tribunal, sediado em Haia.

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