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Lula defende Estado forte para induzir crescimento

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente e pré-candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quinta-feira um “Estado forte” para induzir os investimentos no país e o crescimento econômico.

Em um encontro com representantes de cooperativas no Rio Grande do Sul, Lula disse que não pretende que o Estado interfira na vida das pessoas ou dos negócios, mas que precisa ajudar “quando houver problema.”

“Não aceitamos a ideia de que o Estado tem que ser fraco, que o Estado não pode fazer nada. Nós queremos um Estado forte para que o Estado seja o indutor da boa educação, da boa industrialização, do crescimento”, disse Lula.

Na conversa, que aconteceu em Porto Alegre, Lula disse que não pretende ver o Estado intervir na economia ou nas relações trabalhista. “Papel do Estado não é se meter, ficar dando palpite. Estado é como um paizão: meu filho está trabalhando, tudo bem. Só se der problema a gente vai ajudar”, disse.

No encontro, Lula repetiu ainda que serão feitas várias mudanças na lei trabalhista caso seja eleito –uma das suas bandeiras de candidato–, mas ressaltou que precisa haver diferenças entre os encargos pagos por uma grande empresa e pequenos empresários ou cooperativas.

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“Na reforma trabalhista, a gente vai mudar muita coisa que eles fizeram. Mas uma cooperativa de 10 empregados não pode pagar as mesmas obrigações sociais que uma multinacional”, ressaltou.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)