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Sergio Paulo Rouanet: Personalidades lamentam morte de acadêmico e diplomata

Personalidades lamentaram neste domingo a morte de Sergio Paulo Rouanet, aos 88 anos, acadêmico e diplomata que deu nome para a lei de incentivo à cultura. Ele era ocupante da cadeira de número 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL) há 30 anos e foi secretário de Cultura do governo Collor.

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O poeta Marco Lucchesi, também imortal da ABL, divulgou comunicado em que exaltou o colega como “grande filósofo, ensaísta e escritor” e descreveu a morte dele como “uma tristeza a mais em um ano tão difícil”.

“Foi uma das figuras mais completas da cultura brasileira, um dos homens que mais altamente se portaram diante dos desafios da esfera pública; um grande pensador das nossas tradições ocidentais; aquele que defendeu teses sobre uma nova perspectiva do iluminismo e trouxe uma grande família de pensadores alemães para que fossem mais conhecidos no brasil, particularmente a Escola de Frankfurt”, ressaltou Lucchesi.

Já o jornalista, crítico e ensaísta Martim Vasques da Cunha destacou Rouanet como “um dos poucos intelectuais brasileiros a compreender os dilemas da razão iluminista, sem cair em reducionismos ou apologias a um falso progresso”.

O jornalista, escritor e gestor cultural Afonso Borges exaltou o trabalho do acadêmico: “Sérgio Paulo Rouanet descansou. Fez muito e deixou o maior legado para a Cultura Brasileira, a lei que leva seu nome”.

Em nota, André Botelho, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) ressaltou que o filósofo “deixa importante legado intelectual também para as ciências sociais; além de um legado público, incluído o para o campo das políticas culturais” e acrescenta: “Nos solidarizamos com a família e amigos, especialmente com a viúva, nossa colega, a socióloga Bárbara Freitag”.

O escritor Gabriel Chalita foi outro que se manifestou sobre a partida do diplomata.

– Um homem que dedicou a sua vida a fazer pontes. E a lutar pelos direitos humanos, pela cultura e respeito aos povos. Foi um exemplo de embaixador e homem público. Sua inspiradora obra permanecerá – afirmou Chalita.

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