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Telescópio espacial Webb abre a porta para descobertas ainda inimagináveis

Por Joey Roulette

GREENBELT (Reuters) – O primeiro pacote de imagens do poderoso telescópio espacial James Webb abriu um novo capítulo da exploração cósmica, mas astrônomos dizem que as descobertas com mais consequências do observatório podem ser as que eles ainda não imaginam.

Galáxias distantes em colisão, exoplanetas gasosos gigantes e sistemas estrelares moribundos foram os primeiros objetos celestiais capturados pelo observatório. Sua gama de recursos de imagem infravermelha foi colocada em exibição colorida, provando que o telescópio opera como planejado.

A galeria das fotos do Webb e seus dados espectográficos, ainda preparando o telescópio para ciência operacional, também previu várias áreas de investigação para o futuro.

A agenda de pesquisa inclui explorar a evolução das primeiras galáxias, o ciclo de vida das estrelas, a busca por planetas habitáveis orbitando sóis distantes e a composição de luas em nosso próprio sistema solar externo.

Mas as descobertas mais revolucionárias do Webb, cem vezes mais sensível que seu predecessor de 30 anos, o ainda operacional Hubble, podem acabar sendo descobertas acidentais ou respostas a perguntas que os astrônomos ainda não fizeram.

“Quem sabe o que vem pela frente para o JWST (sigla do telescópio). Mas tenho certeza que vamos ter muitas surpresas”, disse René Doyon, principal investigador de um dos instrumentos do Webb, no Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa, em Maryland, onde a agência apresentou as primeiras imagens coloridas do observatório.

Com o Webb em funcionamento sete meses após seu lançamento em dezembro, astrônomos estão se preparando para “algo que nunca imaginamos que estaria lá”, disse John Mather, astrofísico sênior da Nasa e vencedor do prêmio Nobel, cujo trabalho durante os anos 1990 ajudou a consolidar a teoria do Big Bang.

Mather e outros cientistas apontaram para a matéria escura, uma armação cósmica invisível e pouco entendida, mas influente à teoria, como enigma que o Webb pode desvendar durante a missão.

Da mesma maneira, o Hubble abriu todo um novo campo de astrofísicos dedicados a outro fenômeno misterioso, a energia escura, após a observação de supernovas levar à descoberta inesperada de que a expansão do universo está acelerando.

Juntas, os cientistas estimam que a energia escura e a matéria escura representem 95% do universo conhecido. Todas as galáxias, planetas, poeira, gases e outras matérias visíveis nos cosmos compõem apenas 5%.

(Reportagem de Joey Roulette em Greenbelt)

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